Simplesmente não há limite para as resoluções de ano-novo - claro, para quem acredita que um novo ano é um recomeço e tem esperança de fazer melhor. Levar uma vida mais calma, comer menos, comer melhor, fazer mais exercício, dormir mais, desconectar das redes sociais, viver a vida real, encontrar mais os amigos - ou um amor, cuidar da família, ganhar mais dinheiro, economizar mais.
Na lista a seguir, proponho outras: se comunicar melhor e verdadeiramente, deixar o ressentimento para trás, se abrir a novas histórias, olhar para si e para o outro - e ser solidário.
Para evitar ou resolver conflitos
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A psicanalista Elisama Santos escreveu um “pequeno antimanual de comunicação não violenta para a vida real” em Vamos Conversar (Paz e Terra, 192 págs.; R$ 29,90). A proposta da autora é ajudar o leitor a repensar a forma como ele se relaciona e se comunica, com sugestões de caminhos para uma vida mais aberta ao diálogo - com escuta, sem julgamento e com coragem de expressar verdadeiramente as emoções, criando um ambiente seguro para a compreensão e a resolução de conflitos.
Para curar o ressentimento
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Best-seller francês de não ficção com mais de 100 mil cópias vendidas. Para a psicanalista e filósofa francesa Cynthia Fleur, o ressentimento é uma das principais ameaças à democracia. Em Curar o Ressentimento: O Mal da Amargura Individual, Coletiva e Política (Bazar do Tempo, 232 págs.; R$ 78), ela apresenta suas leituras acerca da questão da amargura e sua ruminação ao longo dos tempos, buscando encontrar, e apresentar, soluções para todos os campos da vida.
Para se abrir a novas histórias
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Ou para ler mais, ou visitar mais bibliotecas, ou acreditar no poder dos livros. Healing fiction (ficção de cura) é uma nova tendência do mercado editorial. Com 250 mil cópias vendidas no mundo, A Biblioteca dos Sonhos Secretos (Sextante, 240 págs.; R$ 49,90), da jornalista japonesa Michiko Aoyama, foi lançado em outubro no Brasil e já ganhou uma nova tiragem de 12 mil exemplares. O romance, sobre o poder dos livros e dos encontros, conta a história de cinco visitantes da biblioteca de um centro comunitário de Tóquio que, como todos os que chegam lá, são recebidos por uma bibliotecária que lhes recomenda um livro inusitado. E a leitura será o pontapé para uma mudança total em suas vidas.
Para olhar para si
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Peter Attia, especialista em longevidade, parte de sua experiência pessoal para investigar o envelhecimento e o impacto das doenças crônicas. Aos 40 anos e vivendo uma vida saudável, ele descobriu que tinha uma doença cardiovascular e começou sua jornada científica de busca de respostas para as seguintes perguntas: por que e como morremos e como podemos retardar ou prevenir as principais doenças crônicas fatais? É disso que ele trata em Outlive: A Arte e a Ciência de Viver Mais e Melhor (Intrínseca, 480 págs.; R$ 79,90).
Para olhar para o outro
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Blandina Franco e José Carlos Lollo são velhos conhecidos das crianças especialmente por causa de sua série sobre o cãozinho Pum. Neste novo livro, criado a partir de uma sugestão do padre Júlio Lancellotti, eles falam sobre o preconceito contra pessoas pobres e pessoas em situação de rua. Em Aporofobia: Você Não Conhece a Palavra, Mas Conhece o Sentimento (Companhia das Letrinhas, 48 págs.; R$ 9,90), os autores expõem o preconceito da sociedade ao apresentarem uma família que vive na rua e é bombardeada por insultos proferidos por quem passa por eles. “Por que eles não gostam da gente, pai?”, pergunta, no fim, a criança.