A moda, assim como a arte, faz parte dos movimentos criativos que simbolizam seu tempo. As grandes casas de moda do mundo sempre tiveram seus nomes ligados à arte por meio de fundações e museus. O vínculo entre as duas expressões artísticas, no entanto, vem com o tempo se tornando mais estreito em função de experiências proporcionadas pelas marcas ao consumidor final. Um movimento que pode ser notado nos calendários de desfiles internacionais.
Um exemplo é a marca francesa Dior, que durante a temporada de alta costura recebe seus convidados no icônico Museu Rodin de Paris e preenche desfiles com cenografias que são exposições. Nas últimas temporadas, de alta costura e prêt-à-porter, respectivamente, o Museu Rodin e o Jardin des Tuileries brindaram seus clientes com apresentações, instalações de artistas como Isabella Ducrot e Joana Vasconcelos que serviam de palco e inspiração para as criações de seus estilistas.
Esse tipo de contato próximo entre arte e moda segue uma tendência mundial no mercado de luxo que agrega novos valores para uma clientela ávida por uma moda que traga sentido para além do consumo. Por aqui, esse movimento de integração teve como pioneiro o Grupo Iguatemi, na figura de Carlos Jereissati Filho, membro do Conselho de Administração. Há mais de 15 anos, Carlos patrocina e constrói um caminho inédito em parceria com um dos mais importantes eventos de arte do País, a SP-Arte, que em abril chega à sua 20ª edição, no histórico Pavilhão da Bienal de São Paulo.
“Acredito que a cultura tem um papel fundamental na educação do olhar do público. Eventos como a SP-Arte fortalecem a economia criativa e trazem valor para o consumidor. Por esses motivos iniciamos a parceria de tantos anos”, afirma o executivo. “Faz parte da cultura do grupo Iguatemi apoiar a arte e a feira está alinhada com esse compromisso de levar para o público o poder transformador e provocativo da arte.”
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A arte como um importante canal para essa conexão
O shopping Iguatemi São Paulo foi o primeiro centro comercial a abrir suas portas na cidade, em 1966, e atualmente detém participação em 14 shopping centers pelo Brasil. Ao longo desse tempo, o grupo se tornou expert em criar experiências para sua comunidade - Carlos enxerga a arte como um importante canal para essa conexão.
“Durante a feira, criamos um espaço de troca chamado Arena Iguatemi, que conta com uma programação de conversas com artistas onde o valor do conhecimento é o foco. Este ano, por exemplo, o reconhecimento da arte indígena e do artesanato brasileiro são pautas importantes que serão tratadas nesse espaço”, explica.
A SP-Arte reuniu no ano passado mais de 31 mil visitantes, número que reforça sua posição de liderança no cenário nacional das artes. São mais de 180 expositores, entre galerias de arte, estúdios de design e editoras. A feira tem como diretora criativa a paulistana Fernanda Feitosa, que enxerga a parceria de tantos anos como um trabalho conjunto muito maior do que de um patrocínio.
“Construímos junto ao Iguatemi projetos que resgatam o olhar do consumidor para o valor da cultura que permeia várias ações durante o ano. O Iguatemi é um espaço cotidiano que se mantém sintonizado e propõe, por meio dessa parceria, trazer conhecimento e um retrato da cultura daquele momento para seu público.”
SP-ARTE
- De 3 a 7 de abril
- Das 13h às 20h (4 e 5) e das 11h às 19h (6 e 7)
- Pavilhão da Bienal do Parque Ibirapuera
- Ingressos: R$ 40 (meia) e R$ 80 (inteira)
- Site: sp-arte.com
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