O cantor português Roberto Leal, que morreu no domingo, 15, aos 67 anos, em decorrência de um câncer, será velado até as 14h desta segunda-feira, 16, na Casa de Portugal (Avenida da Liberdade, 602). O velório é aberto ao público. O enterro será realizado às 15 horas no Cemitério de Congonhas (Rua Ministro Álvaro de Sousa Lima, 101, Vila Sofia).
Roberto Leal, nome artístico de António Joaquim Fernandes, nasceu no Vale da Porca, freguesia de Macedo de Cavaleiros, cidade que pertence ao Distrito de Bragança, em Portugal, no dia 27 de novembro de 1951. No Brasil desde 1962, quando tinha 11 anos, Leal ficou famoso em 1971 com o lançamento da música Arrebita, do refrão Ai, cachopa, se tu queres ser bonita, arrebita, arrebita, arrebita.
Outro sucesso do cantor foi A Festa Ainda Pode Ser Bonita, canção que ganharia em 1995 uma famosa paródia composta pela banda Mamonas Assassinas, queimitava os trejeitos do cantor português em Vira-Vira.
Em 2013, a música seria regravada na segunda versão da novela Chiquititas, exibida pelo SBT.
Em 2018, o cantor se candidatou a deputado estadual em São Paulo pelo PTB, mas não se elegeu.
Roberto Leal foi quem levou para o mais distante dos quintais brasileiros a música de seu país num tempo em que o Brasil não consumia nada de Portugal. Ele se se tornou um personagem fácil de programas dominicais. De Silvio Santos ao Faustão, de Gugu Liberato ao Ratinho, do Clube do Bolinha a Barros de Alencar, muitas vezes no Chacrinha, muitas vezes na Hebe, foi esse o cavalo de Troia com o qual a criança ruiva cheia de um gingado de pernas que sabe-se lá onde aprendeu entrava nos lares brasileiros para disseminar uma cultura inteira.
Veja vídeos de Roberto Leal em programas de auditórios
Arrebita, no Buzina do Chacrinha, em 1978
Fatamorgana, no Cassino do Chacrinha (1988)
A Dança do Siriá, no Cassino do Chacrinha (1985)
A Fada dos Meus Fados, no Programa do Bolinha (1988)
Verde Vinho
Bate o pé
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