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As 40 melhores músicas de 2024 (até agora)

Críticos do NYT elegem as melhores músicas do ano, mas esclarecem que não se trata de um ranking, e, sim, de uma playlist

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Por Jon Pareles (The New York Times) e Lindsay Zoladz (The New York Times)

THE NEW YORK TIMES - Toda semana, os críticos do New York Times avaliam novas músicas que estão se destacando. Depois de seis meses, aqui vai o que eles andam ouvindo sem parar. (Observação: não se trata de um ranking, mas sim de uma playlist).

Sabrina Carpenter, Beyoncé e Pearl Jam estão entre os artistas que lançaram as melhores músicas de 2024 até agora, segundo o 'The New York Times'. Foto: Cheney Orr/REUTERS, @beyonce via Instagram e Sergio Castro/Estadão

Espresso, de Sabrina Carpenter

Em cima de uma batida cadenciada que lembra o funk retrô abafado do sucesso Say So, de Doja Cat, Sabrina Carpenter interpreta uma sedutora despreocupada com um humor irônico: “Diga que você não consegue dormir, baby, eu sei, sou eu, o café expresso”. Peça um duplo – você com certeza já ouviu essa música em algum lugar. - LINDSAY ZOLADZ

Safer, de Tyla

Depois de Water, seu sucesso mundial de 2023, Tyla se afasta da tentação em Safer, aproveitando as batidas do tambor de madeira e as linhas de baixo esparsas e subterrâneas do gênero amapiano. Seus corais de canto e resposta levam a tradição sul-africana para o deserto eletrônico do romance do século 21. - JON PARELES

We Can’t Be Friends (Wait for Your Love), de Ariana Grande

Ao mesmo tempo sedosa e estroboscópica, Ariana Grande encarna muito bem uma Robyn – a padroeira do lamento na pista de dança – neste hit pop melancólico cantado com agilidade, um destaque de Eternal Sunshine, seu agridoce sétimo álbum. - LINDSAY ZOLADZ

The Greatest, de Billie Eilish

Billie Eilish exalta sua própria compostura e habilidade em dissimular – reprimindo seu amor não correspondido – em The Greatest, do álbum Hit Me Hard and Soft. Um dedilhado suave a acompanha enquanto ela diz que “fez tudo parecer indolor”. Aí ela quebra a compostura, fazendo a voz crescer de sussurrante para cantante, com a bateria e o coro enchendo o espaço. Quando a música volta a se acalmar, sua fúria contida fica tão palpável quanto seu lamento. - JON PARELES

Deeper Well, de Kacey Musgraves

Dedilhados em estilo folk e pensamentos new age sobre autoajuda fazem de Deeper Well uma bronca gentil, mas firme. Depois de refletir sobre astrologia e energia negativa, Kacey Musgraves observa: “Estou me despedindo das pessoas que sinto / que são muito boas em desperdiçar meu tempo”. Nos versos seguintes, ela para com a maconha e supera os limites de sua família. Não há rancor nem contentamento, só reverberações cintilantes à medida que ela cresce e segue em frente. - JON PARELES

Fire Excape, de Zsela

Zsela canta o que acaba sendo uma canção de amor – mas só no fim, depois que ela diz: “O mar pega fogo quando o petróleo começa a derramar”. A música toma forma com uma batida agitada, que começa e para, com silêncios, viradas harmônicas e surtos eletrônicos repentinos, mas, em meio às assimetrias, Zsela oferece uma tranquilidade rouca: “Nós vamos nos dar muito bem”. - JON PARELES

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16 Carriages, de Beyoncé

Com uma musicalidade que abrange vários gêneros e que também é o lamento de uma workaholic, Beyoncé relembra seu passado e redobra sua ambição, cantando: “Não tenho tempo a perder, tenho arte a fazer”. A música é um crescendo de arena em levada country, desde o dedilhar do violão até o impacto da banda toda com a guitarra distorcida. Ela não está só buscando expandir seu público: está usando sua influência de celebridade para forçar a abertura de algumas portas. - JON PARELES

Little Bit More, de Mk.gee

Virtuose com os dedos e os efeitos, o guitarrista, compositor e produtor Mk.gee (Michael Todd Gordon) cria faixas obscuras e polifônicas impregnadas de anseio e desconfiança. Em Little Bit More, de seu álbum Two Star & the Dream Police, ele promete: “Baby, leve o que você quiser” para quem “abriu a porta”. Um loop de guitarra, uma linha de baixo falante, vocais de apoio aparecendo aqui e ali e interjeições ocasionais de piano evocam uma euforia que não dura muito. - JON PARELES

Broken Man, de St. Vincent

“Posso deixar os braços bem abertos, mas preciso que você crave os pregos”, canta St. Vincent em Broken Man. A faixa é um acúmulo vulcânico, desde a eletrônica mais esparsa, passando por uma batida de hard rock, até um amontoado grandioso de bateria, guitarras e metais. - JON PARELES

Funeral for Justice, de Mdou Moctar

Com uma batida acelerada e uma cadeia de riffs frenéticos, estridentes e exagerados, o guitarrista tuaregue Mdou Moctar insiste que os líderes africanos devem trabalhar juntos e resistir aos interesses estrangeiros, para “retomar o controle de nossos países ricos em recursos”. Impossível soar mais urgente. - JON PARELES

Bye Bye, de Kim Gordon

Kim Gordon, 71 anos, explora o terreno comum entre o no wave e o rap do SoundCloud nesta corrosiva faixa de abertura de seu segundo álbum solo, The Collective. Em cima de uma batida abrasiva e hipnótica, ela recita uma lista fictícia de coisas para levar na viagem, contrastando com talento o caótico e o banal. Você nunca mais vai pronunciar “Eckhaus Latta” do mesmo jeito. - LINDSAY ZOLADZ

Britpop, de A.G. Cook

O excêntrico produtor eletrônico A.G. Cook transforma o refrão simples e hipnoticamente repetido de Charli XCX – “Brit, Brit, Brit, Brit, Brit, Brit, tipo Britpop” – no hino nacional de um universo alternativo. Blur e Oasis nunca fizeram nada parecido. - LINDSAY ZOLADZ

Pull the Rope, de Ibibio Sound Machine

A banda Ibibio Sound Machine, sediada em Londres e com raízes nigerianas, evoluiu para um grupo de electro-funk extremamente eficiente, transmitindo mensagens em inglês e no idioma nigeriano Ibibio. Pull the Rope emprega uma linha de baixo em oitavas, blips de videogame e, por fim, uma seção de metais para impulsionar um canto construtivo: “Mesmo que estejamos loucos para puxar o gatilho / Vamos puxar a corda, juntos e com esperança”. - JON PARELES

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Good Luck, Babe!, de Chappell Roan

A estrela pop em ascensão Chappell Roan manda a ex-amante embora com um revirar de olhos na angustiante Good Luck, Babe!, faixa movida a sintetizadores e coroada pelo melhor estilo Kate Bush. Roan imagina sua velha paixão beijando “uma centena de caras nos bares” e, por fim, virando a esposa insatisfeita de um homem depois do caso das duas. Mas, no final das contas, Roan escolhe a si mesma, cantando com todo o coração: “Eu só quero amar alguém que me chame de baby”. - LINDSAY ZOLADZ

French Exit, de Dua Lipa

O álbum Radical Optimism, de Dua Lipa, passa longe das mágoas, tratando as escolhas ruins e os romances fracassados como contratempos que podem ser dolorosos, mas não por muito tempo. Em French Exit, ela decide dar adeus a um relacionamento que não está funcionando e compara isso com a saída à francesa de uma festa. Essa faixa engenhosa, produzida por Kevin Parker (Tame Impala) e pelo profissional de hiperpop Danny L Harle, empilha bateria, violão, palmas de flamenco e uma flauta por trás de uma voz não muito arrependida. - JON PARELES

Right Back to It, de Waxahatchee e MJ Lenderman

Katie Crutchfield, do Waxahatchee, fica maravilhada com seu amor duradouro admitindo quanto ela o põe à prova: “Deixo minha mente correr solta / Não sei por que faço isso”, ela canta, “Mas você simplesmente se acomoda como uma música sem fim”. A faixa é descontraída e campestre, e MJ Lenderman traz vocais harmônicos de apoio e guitarra elétrica. Mas a tensão na voz de Crutchfield desmente suas contínuas dúvidas sobre si mesma. - JON PARELES

Staring at the Wall, de Norah Jones

Assim como o restante de seu último álbum, Visions, Staring at the Wall é uma colaboração entre Norah Jones e o produtor e baterista Leon Michels. Entre a batida de fundo dele e a guitarra distorcida dela, teclados discretos e harmonias vocais tranquilizadoras. Aí fica claro que ela vai conseguir superar as dúvidas sem maiores problemas. - JON PARELES

Life Is, de Jessica Pratt

A cantora e compositora de voz leitosa Jessica Pratt traz sua sensibilidade em tom sépia para essa música folk-pop sonhadora, fazendo-a soar como um portal brilhante para um passado alternativo. - LINDSAY ZOLADZ

He Venido al Mar, de Lido Pimienta

“Ainda não sei para onde estou indo / Mas levo alegria no coração”, canta a compositora colombiana-canadense Lido Pimienta em He Venido al Mar. Ela está fazendo uma viagem rumo à renovação, com sua voz de soprano sem artifícios navegando sobre uma faixa que começa com acordes eletrônicos esparsos e reúne camadas de percussão e vozes, montando uma cumbia e uma comunidade a partir do nada. - JON PARELES

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Euphoria, de Kendrick Lamar

Essa salva de tiros na briga de Kendrick Lamar com Drake começa com Lamar fazendo um rap rápido, mas calmo, sobre um fundo de jazz suave, provocando: “Eu faço música que eletriza, você faz música que pacifica”. Mas depois que ele avisa “Não fale mentiras sobre mim / E eu não vou falar verdades sobre você”, a faixa muda para um trap estridente e monótono, e a fala de Lamar fica mordaz, nasal e percussiva. Ele passa de um fluxo a outro com uma enxurrada acelerada de ataques, profissionais e pessoais, desde acordos de gravação até habilidades parentais: “Cringe” é um dos termos mais brandos. - JON PARELES

Girl, So Confusing, de Charli XCX

Com melodias serpenteantes e batidas cintilantes, Charli XCX oscila entre a fanfarronice de uma garota descolada e confissões cruas de insegurança em seu novo álbum, Brat. “Às vezes é tão confuso ser garota”, ela canta no refrão de uma das músicas mais vulneráveis, que explora seu relacionamento ambivalente com um certo doppelgänger popstar. Sua franqueza desordenada e sem pudor é especialmente revigorante. - LINDSAY ZOLADZ

AA Bouquet for Your 180 Face, de Saya Gray

A voz da compositora e produtora canadense Saya Gray é irônica e meio sonolenta quando ela reflete sobre um relacionamento, cantando: “Eu me curvei tantas vezes / Eu me transformei num arco dourado para você passar”. Mas sua produção é atenta, hiperdetalhada e surrealmente imprevisível, alternando eletrônico, indie-rock sincopado, corais siderais, guitarras distorcidas e o que talvez seja um koto, aquele instrumento musical japonês. Ela pode ser solitária, mas é engenhosa. - JON PARELES

Departed, de Hakushi Hasegawa

O músico japonês Hakushi Hasegawa oferece uma demolição maníaca com o hiperpop de Departed. Doces harmonias vocais encabeçam uma enxurrada de bateria e sintetizadores deslizantes. Uma breve pausa no meio do caminho só faz com que a explosão final soe ainda mais impiedosa. - JON PARELES

Musow Danse, de Les Amazones d’Afrique

Musow Danse [”Dança das Mulheres”] é a faixa-título do novo e alegre álbum das Amazones d’Afrique – uma aliança pan-africana e orgulhosamente multilíngue de cantoras e compositoras que levam mensagens feministas para as pistas de dança, como este refrão: “Avante, mulher africana!”. - JON PARELES

Like I Say (I Runaway), de Nilüfer Yanya

“Saio correndo porque meu tempo é precioso”, canta a britânica Nilüfer Yanya. No estilo clássico de Yanya, Like I Say (I Runaway) dá uma sensação quase de colagem, revelando texturas contrastantes e explodindo de repente numa distorção de guitarra no refrão. - LINDSAY ZOLADZ

Sexy to Someone , de Clairo

A cantora de alt-pop Clairo quer ser objeto da afeição de uma pessoa só – “nada mais, nada menos”, ela canta numa faixa que combina seus vocais murmurados e ofegantes com um groove persistente, resultando numa espécie de hino de verão para introvertidos. - LINDSAY ZOLADZ

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Color de Dolor, de Angélica Garcia

A música soa absolutamente alegre: acordes maiores, uma batida de valsa, mas flexível, um coral de apoio reforçado por orquestras. Mas Angélica Garcia está cantando, em espanhol, “Qual é a cor da dor?”, com inflexões vocais que sugerem tanto o pop latino quanto o gazel indiano. - JON PARELES

Mary Boone, de Vampire Weekend

“Mary Boone, Mary Boone, tomara que você se apaixone logo”, canta Ezra Koenig, do Vampire Weekend, mencionando o nome de uma negociante de arte poderosa que recentemente cumpriu pena de prisão por fraude fiscal. A música em si é uma espécie de mosaico musical, combinando atmosferas flutuantes que lembram a faixa Modern Vampires of the City, com batidas de break e um coro exuberante e celestial. - LINDSAY ZOLADZ

Raat Ki Rani, de Arooj Aftab

O arranjo é quase todo acústico, mas há um toque meio trip-hop em Raat Ki Rani (que significa “rainha da noite” em urdu), de Arooj Aftab, cantora paquistanesa ganhadora do Grammy. Uma nota de piano se repete durante todo o tempo; a percussão asiática fornece uma batida firme e profunda; e a harpa de Maeve Gilchrist gira entre os versos. Aftab canta sobre fascínio e desejo numa melodia de respiração longa, impregnada de melancolia. - JON PARELES

He Loves Us Both, de Lila Iké e H.E.R.

O poliamor fica complicado nesse dueto de reggae. “Não saia julgando as pessoas”, pede a cantora jamaicana Lila Iké. Mas H.E.R. rebate: “Você só continua mentindo para si mesma”. Nenhuma delas queria “perder uma coisa boa”, mas é só nisso que elas concordam. O homem em questão não conta seu lado da história. - JON PARELES

Ruin, de Usher e Pheelz

Usher abraça o amapiano sul-africano, com um toque de afrobeats nigerianos, em Ruin, faixa produzida por Pheelz, compositor nigeriano que acrescenta uns versos de rap. Misturando acusação, queixa e falsa modéstia, Usher canta: “Você me quebrou o quanto quis / você me deu todas essas lembranças”. Mas ele também deixa claro que tem opções: “Uma outra garota está na minha / Fica ligando toda hora, eu ainda não atendi”. - JON PARELES

Fría, de Enrique Iglesias e Yotuel

Em Fría, Enrique Iglesias, cantando, e Yotuel, fazendo rap, não param de soltar negações e desculpas em cima de três acordes e uma batida perfeitamente contagiante, com uma percussão enxuta e uma guitarra rítmica. “Só saí para tomar uma gelada”, insiste Iglesias. “Seus amigos mentiram para você”. A música é tão animada que talvez eles consigam se safar. - JON PARELES

The One (Pero No Como Yo), de Carin León e Kane Brown

Faz tempo que a música country e a mexicana são boas vizinhas na fronteira do Texas. Aqui, a superestrela mexicana Carin León recebe o cantor country Kane Brown para um dueto bilíngue em que León fala que ninguém a amará como ele, enquanto Brown proclama: “O que quer que você esteja procurando no amor / Você sabe que eu sou o cara”. É uma polca mexicana acústica e enxuta, sustentada por um sousafone. - JON PARELES

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0%, de Hello Mary

Hello Mary, banda nova-iorquina formada por três mulheres, traz uma incerteza estridente que chega ao ápice com a baterista e vocalista Stella Wave gritando: “Eu não sei! Eu não sei!”. Mas, em menos de três minutos, a faixa também salta entre acordes de guitarra de indie-rock, um riff de baixo de uma nota só e um mergulho inesperado na batida folk de um vibrafone – tudo isso enquanto faz uma valsa soar selvagem. - JON PARELES

React, Respond, de Pearl Jam

O LP Dark Matter reforça os velhos pontos fortes do Pearl Jam: riffs ferozes de hard rock, emaranhados de guitarras neopsicodélicas e a bússola moral de Eddie Vedder. React, Respond avança rápido, com as guitarras explodindo em uníssono e depois ricocheteando em estéreo, enquanto Vedder pede uma ação unificada, insistindo: “Poderíamos estar lutando juntos / Em vez de lutarmos uns contra os outros”. - JON PARELES

Big Feelings, de Willow

Willow abraça emoções descomunais no final de seu novo álbum, Empathogen, que vai do seu antigo pop-punk ao jazz e ao prog-rock. Sua voz navega sobre acordes de piano agitados quando ela anuncia seus “grandes sentimentos” – e quando canta “Sim, eu tenho problemas, muitos problemas”, ela transforma “problemas” em um arpejo de seis sílabas. - JON PARELES

Evening Mood, de Julia Holter

Julia Holter mostra um toque leve na metamórfica e celestial Evening Mood. As notas cintilantes e os vocais suaves de Holter vêm acompanhados por uma percussão sutil que mistura os sons filtrados dos batimentos cardíacos de sua filha, registrados por um ultrassom. - LINDSAY ZOLADZ

All in Good Time, de Iron & Wine e Fiona Apple

Em algum lugar entre o hino religioso e a cantiga de marinheiro, All in Good Time tem o tenor sincero de Sam Beam e o alto mais rouco de Fiona Apple trocando versos sobre união, distanciamento, memórias compartilhadas e lições aprendidas: “Você usou meu anel até ele não caber mais”, observa Apple. O piano e as cordas crescem à medida que os dois ex-parceiros da música se harmonizam para encontrar, se não a reconciliação, uma resignação madura. - JON PARELES

Fool, de Adrianne Lenker

Adrianne Lenker canta sobre conexões que podem durar ou desaparecer: amizade, paixão, romance, casamento, família. Uma teia de dedilhados pode se torcer, se dobrar, flutuar ou desaparecer a qualquer momento: tão frágil e necessária quanto a companhia humana que ela tanto deseja. - JON PARELES / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

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