Bebeto Castilho morreu aos 83 anos de idade na última sexta-feira, 10. A morte foi confirmada por Luiz Bakker, filho do músico, no Facebook. O velório ocorre desde as 13h deste sábado, na Capela K do Cemitério São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro. O enterro está previsto para as 16h.
Baixista e flautista, fez parte do lendário Tamba Trio ao lado de Hélcio Milito (bateria) e Luiz Eça (piano) nos anos 1960. “Foi um momento importante porque juntou três pessoas de formação diferente numa quarta coisa, sem que ninguém renunciasse às suas influências. Mas é passado. Depois do Tamba fiz muita coisa, nunca parei”, relembrava ao Estadão em 29 de maio de 2006.
Nascido no Rio de Janeiro e criado na Tijuca, acostumado a ouvir sambas do Salgueiro, gravou somente dois discos em carreira solo. O primeiro em 1976. O segundo, em 2006, Amendoeiras, que foi considerado um dos 10 melhores álbuns do ano da música nacional pelo Estadão.
“O que encanta em Bebeto é a simplicidade e a riqueza de suas divisões ou, como diz Caetano Veloso, a ‘total ausência de ansiedade, desdramatização absoluta sem perda da poeticidade, imaculada naturalidade no trato com as notas musicais’. O cantor não esconde de onde tirou essas qualidades. ‘João Gilberto sempre disse que é preciso estar atento à música e à letra, para não desencontrar uma da outra’, conta Bebeto”, consta na reportagem sobre Castilho e seu Amendoeiras.
Além das gravações próprias e do Tamba Trio, Bebeto Castilho também colaborou com diversos outros artistas conhecidos da MPB ao longo das décadas, como Chico Buarque, Tom Jobim, Sérgio Mendes, Nara Leão e MPB-4, entre outros.
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