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Bonnie Tyler comemora 50 anos de carreira em São Paulo

A cantora que ganhou o planeta com ‘Total Eclipse of the Heart’ fala sobre ‘o lindo’ Fábio Jr e do show que fará neste sábado, no Tokio Marine Hall

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Foto do author Julio Maria
Atualização:

Aos 71 anos, Bonnie Tyler segue com uma lâmina cortante na voz, um timbre especial contraído depois que ela se submeteu a uma cirurgia nas cordas vocais que fez toda a diferença em sua carreira. Os anos 1970 ainda não haviam acabado, e ela já tinha o sucesso Lost In France, quando veio a intervenção cirúrgica. “Eu deveria fazer um repouso de um mês, mas não conseguia ficar sem falar”, lembra Bonnie ao Estadão. “Eu falava o tempo todo.” O resultado desse pós-operatório irresponsável foi uma transformação vocal que só lhe fez bem.

Bonnie Tyler em 2019 Foto: DYLAN MARTINEZ / REUTERS

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Bonnie vem ao Brasil para fazer um show neste sábado, 12, na casa de espetáculos Tokio Marine Hall. A turnê que ela leva pelo mundo diz respeito ao álbum Between the Earth and the Stars e é feita para comemorar seus 50 anos de estrada. Seu grande sucesso de todos os tempos é Total Eclipse of the Heart, lançada primeiro como single no Reino Unido, em 1983, e depois em seu álbum do mesmo ano. A força dessa canção, que conta com mais de 830 milhões de views no YouTube, é tamanha que fica quase impossível citar Bonnie sem falar de Total Eclipse. Não seria demais? Até quando isso é bom?

“Mas muitas coisas já haviam acontecido na minha vida”, ela diz. “Eu já tinha sucessos como Lost In France quando esta música aconteceu. Não chegou a apagar outras coisas”, diz ao jornal. A Bonnie Tyler roqueira, de um vocal de não deixar a desejar aos fãs de Janis Joplin, não teria sido engolida por uma avassaladora canção romântica? “Não, eu já tinha cantado alguns rocks antes.” Mas nada superaria o estrondo de sua maior canção.

ENCONTRO. Curiosamente, só no álbum Between the Earth and the Stars, lançado há quatro anos, se deu o delicioso encontro entre Bonnie e seu espelho masculino, Rod Stewart. Além de cruzamentos de repertório, como o fato de os dois terem gravado It’s a Heartache com o mesmo sucesso, a voz e o posicionamento que têm são muito semelhantes. Assim como Rod, Bonnie é rouca e doce, roqueira e romântica. “Eu sempre fui uma grande fã de Rod, mas só gravamos juntos recentemente a canção (muito mais roqueira do que romântica) Battle of the Sexes. Muitas pessoas falam de nossas semelhanças.”

E sobre Fábio Jr, nosso Rod Stewart sem a porção rock and roll? Será que Bonnie se lembra do parceiro com o qual ela gravou o arrasa-quarteirão Sem Limites pra Sonhar, em 1986? “Claro. Não vejo o Fábio desde o tempo em que gravamos essa música juntos, mas me lembro de ele ser um homem muito bonito que me deu um anel lindo de ouro com pedras cravejadas. Ele era absolutamente lindo. Não consigo me lembrar da música agora, mas éramos número 1 no Brasil. Isso foi muito empolgante.”

A pedido do repórter, Bonnie fez uma eleição pessoal das cinco maiores cantoras de todos os tempos: “Chaka Khan, Tina Turner, Pink, Janis Joplin e uma garota mais nova da qual me fugiu o nome agora.” O nome, enviado depois por WhatsApp, é Miley Cyrus. l

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