Charles Dumont, compositor de ‘Non, je ne regrette rien’, morre aos 95 anos

Trompetista chegou a ser rejeitado diversas vezes por Edith Piaf, mas, após música, escreveu outras 30 para a cantora; morte foi causada por uma doença enfrentada por ele há tempos

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Foto do author Sabrina Legramandi

O compositor, cantor e escritor francês Charles Dumont morreu nesta segunda-feira, 18, aos 95 anos. A notícia foi confirmada pela mulher do artista à AFP. Conforme informações do Le Monde, a morte foi causada por uma doença enfrentada por Dumont há tempos.

Ele ficou conhecido pela composição de Non, je ne regrette rien, feita em parceria com o letrista Michel Vaucaire, que se tornaria um dos maiores sucessos de Edith Piaf. A cantora, que morreu em 1963, chegou a rejeitar a dupla diversas vezes, mas Dumont a convenceria a apresentar Non, je ne regrette rien no Olympia Hall, segundo o Deadline.

Charles Dumont em foto de 2015. Compositor, cantor e escritor morreu nesta segunda, 18, aos 95 anos. Foto: Stephane De Sakutin/AFP

Depois do sucesso, o compositor escreveria mais de 30 músicas para Piaf. “Minha mãe me deu à luz, mas Edith Piaf me trouxe ao mundo”, comentou ele em entrevista concedida à AFP em 2015.

Trompetista de formação

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Charles Dumont nasceu na cidade de Cahors, na França. Apaixonado por jazz, ele se formou como trompetista no Conservatório de Música de Toulouse, mas teve de abandonar o trompete após uma cirurgia nas amídalas, conforme o Deadline.

Ele também chegou a colaborar com a cantora e atriz Barbra Streisand. Dumont e Vaucaire foram responsáveis pela composição de Le Mur, do álbum Je m’appelle Barbra, de 1966.

O compositor ainda esteve envolvido em trilha sonoras para o cinema francês e chegou a ser responsável pelas canções de dois filmes do diretor Jacques Tati, As Aventuras de M. Hulot no Tráfego Louco (1971) e Parada (1974). A última aparição de Dumont no palco foi em 2019, em Paris, segundo o Le Monde.

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