Cher põe à prova seu longo reinado e lança novo álbum

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Por Agencia Estado
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Depois do fim do mundo, vão sobrar as baratas e Cher. A piada tirada de um desenho animado é repetida pela própria cantora para falar de sua longevidade no pop. Aos 56 anos, ela retorna às paradas americanas com o disco Living Proof, que repete descaradamente a fórmula de Believe, de 1998, mas que prova que a cantora ainda está acima da maioria das concorrentes que têm um terço de sua idade. Cher já era uma instituição americana antes de conseguir uma nova onda de sucesso com Believe, o disco que garantiu seu lugar de volta no topo do pop e nas pistas de dança. São 40 anos de carreira, com muitos altos e baixos e dezenas de encarnações diferentes. Believe fez mais do que apenas engordar a conta bancária de Cher: reestabeleceu a artista como ícone gay e resgatou o respeito da imprensa e da crítica. Ela hoje transformou-se no equivalente de Donna Summer no auge da disco music: seus lançamentos têm lugar garantido nos principais clubes mainstream do mundo. Mas ela ainda queria provar que poderia se sustentar mais uma vez no topo. Assim, a produção do novo disco foi uma operação minuciosa. Foram convocados alguns dos mesmos produtores e compositores de Believe (Mark Taylor e Brian Rawlings) e outros profissionais que são sucesso garantido nas pistas (Chicane e Stargate). Até alguns efeitos foram usados em Believe e imitados à exaustão no pop, até por Madonna. Ela convocou até o mesmo diretor do clipe de Believe para dirigir o vídeo de The Music´s No Good Without You. Para poder fazer um esquema de divulgação completo, o disco foi lançado em novembro na Europa, quando ela fez uma série de aparições em vários países, e apenas na semana passada nos Estados Unidos. Na hora de impulsionar o álbum, um novo truque: Cher apareceu com um dos poucos looks que ainda não tinha usado - cabelos louros, encaracolados, na altura do ombro. Cher virou sinônimo de um tipo bem específico de dance music, que está bem longe da música eletrônica sofisticada produzida por nomes também mainstream, como Daft Punk e Chemical Brothers. Mas sua voz incomparável, letras dramáticas e produção exagerada fazem com que seu trabalho ganhe caráter cult. Faixas como The Music´s No Good Without You, Song For the Lonely e Alive Again evocam o espírito das drag queens em todo o mundo e têm muito mais personalidade do que faixas de Britney, Jessica Simpson e outros clones. Vida longa a Cher!

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