Em entrevista coletiva realizada na manhã desta quinta-feira, 10, no Allianz Parque, zona oeste de São Paulo, o guitarrista David Gilmour, ex-Pink Floyd, descartou uma possível volta da banda. "Lembro que quando tocamos no festival Live 8, em 2005, os ensaios foram tensos. Afinal, nosso histórico era bastante doloroso. Não gostaria de repetir essa tensão toda de novo", disse o músico. Recentemente, David Gilmour participou da turnê de Roger Waters.
Pela primeira vez no País, Gilmour afirmou que está ansioso para encarar o público brasileiro. "É muito bom estar no Brasil. Todas as vezes que tentamos vir para cá, houve muitas complicações. Pensei que nunca seria possível fazer isso. Deu certo e cá estamos", cravou.
Conciso e sem dar explanações muito longas, Gilmour mostrou bom humor na entrevista e não descartou surpresas para as duas apresentações que fará na capital paulista nos dias 11 e 12 de dezembro respectivamente. "Estamos preparando um show especial. Estar no Brasil e na América do Sul era algo que queríamos fazer há muito tempo", concluiu. Sobre o repertório do show, Gilmour apenas afirmou que o set deve cobrir todas as fases da sua trajetória. "Obviamente teremos coisas do Pink Floyd e, claro, da minha carreira solo. Sinto muito, no entanto, se não tocarmos as suas músicas favoritas", brincou. O britânico esteve ao lado da esposa, a jornalista, escritora e letrista britânica Polly Samsom, o saxofonista curitibano, João de Macedo Mello, de 20 anos, que faz parte da banda de apoio de Gilmour, e o músico e produtor britânico, Phil Manzanera.
David Gilmour vem ao Brasil para divulgar seu novo álbum de estúdio, Rattle the Lock.Além dos dois shows em São Paulo, o ex-Pink Floyd toca no dia 14 de dezembro, na Pedreira Paulo Leminsky, em Curitiba, e em 16 de dezembro, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre.
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