Deezer cria ferramenta para detectar música gerada por inteligência artificial

Objetivo é eliminar conteúdo ilegal e fraudulento e desenvolver um novo sistema de remuneração que diferencie os tipos de criação musical

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

AFP - A plataforma de música Deezer apresentou nesta terça-feira, 6, uma ferramenta tecnológica que permitirá identificar as músicas que clonam as vozes de cantores usando inteligência artificial (IA)

PUBLICIDADE

“Nosso objetivo é eliminar o conteúdo ilegal e fraudulento, aumentar a transparência e desenvolver um novo sistema de remuneração pelo qual artistas profissionais sejam recompensados pela criação de conteúdo”, afirmou o CEO da Deezer, Jeronimo Folgueira, em comunicado.

“É por isso que (...) desenvolvemos ferramentas para detectar conteúdos gerado por IA”, acrescentou. 

O sistema servirá principalmente para detectar músicas que usam “vozes sintéticas de artistas existentes”.

Publicidade

“As informações servirão para apontar para artistas, gravadoras e usuários o conteúdo gerado pela IA na plataforma”, detalha Folgueira. 

Os escritórios da Deezer em Paris, na França Foto: Charles Platiau/Reuters

Este novo sistema visa “desenvolver um modelo de remuneração que estabeleça uma distinção entre os diferentes tipos de criação musical”. 

A inteligência artificial fez uma entrada relâmpago na indústria da música, como no mundo da arte em geral. 

Em meados de fevereiro, o DJ francês David Guetta anunciou que usou IA para reproduzir uma voz semelhante a do rapper americano Eminem em um de seus shows.

Publicidade

Guetta explicou à BBC que não iria comercializar aquela música, mas que sua intenção era “abrir o debate”. 

Segundo a Deezer, mais de 100 mil músicas ou criações musicais entram na plataforma todos os dias. 

“A IA pode ser usada para criar novos conteúdos incríveis e acredito que a IA generativa pode gerar enormes benefícios”, explicou o CEO da plataforma. “Mas precisamos garantir que isso seja feito com responsabilidade”, concluiu.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.