Celebrando 75 anos neste sábado, 27, Djavan soube manter seu repertório influente para gerações mais jovens. Desde os anos 1990, quando Sina tocava na abertura da série-cult Confissões de Adolescente (na versão de Gilberto Gil) até, em 2021, emplacar uma parceria com Melim (em Outono) e ganhar versões de Criolo e da banda Terno Rei - para citar alguns exemplos - o músico se mantém na crista do que há de mais atual na música brasileira, sem deixar o caráter de grande ícone da MPB pesar como fardo.
Sua presença em festivais moderninhos também é celebrada com status de headliner. No festival Queremos!, que acontece no dia 13 de abril no Rio de Janeiro, Djavan figura como atração principal ao lado de Djonga.
Em Belo Horizonte, no festival Sensacional, que acontece no dia 22 de junho, a presença do cantor foi festejada na web, junto a Marina Sena, FBC e outros nomes que fazem a cabeça da geração Z.
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Relevância atual
Mas, o que faz Djavan se manter tão popular entre os mais jovens? A resposta pode estar na facilidade da nova geração em descobrir (e consumir) sons de outros tempos por meio das plataformas de streaming. Segundo a Deezer, por exemplo, 36,09% dos ouvintes de Djavan está na faixa dos 26 a 35 anos.
Não estranhe também se ouvir Flor de Lis ou Te Devoro em versões curtas no TikTok. O cantor, inclusive, conta com uma página oficial na plataforma, que é frequentemente alimentada com vídeos de bastidores de shows, clipes e entrevistas mais antigas.
Por lá, o perfil até emplacou a hashtag #LendoComDjavan, na toada do famoso verso, “Um dia frio/um bom lugar pra ler um livro”, da faixa Nem Um Dia.
Entre as crianças, a influência dos pais “djafãs” também é fundamental para a presença de cada vez mais novinhos no show do artista.
De hits radiofônicos a trilhas de novela, Djavan também se manteve popular. Foram mais de 40 composições que embalaram casais apaixonados da TV e fizeram o público cantar em alto e bom som, a exemplo das inesquecíveis Oceano, da novela Top Model (1988) e Correnteza, trilha da mocinha Luana em Rei do Gado (1996). Entre as mais recentes, estão Encontrar-te, em Totalmente Demais, e Se Não Vira Jazz, em Êta Mundo Bom!.
Em entrevista ao Estadão em 2023, Djavan contou a história por trás de suas músicas mais tocadas nos últimos 10 anos. Entre elas, a curiosa história de Oceano, que quase foi renegada pelo cantor até ser redescoberta por sua filha, em uma inesperada versão em espanhol. Hoje, segue o seu maior hit - em bom português.
Confira o vídeo completo: