Com programação diversificada, o segundo dia do Festival Turá teve atrações como o grupo Tuyo e os rappers Delacruz e BK. No início da noite, foi a vez de a roqueira Pitty comandar uma apresentação que teve como convidados o cantor Marcelo D2 e a cantora Céu, além de uma apresentação de Gilberto Gil em conjunto com sua família, incluindo a filha, Preta Gil.
Pitty abriu sua apresentação com os hits Teto de Vidro, Equalize e Admirável Chip Novo. O público pediu para que o festival aumentasse o som, que realmente estava em volume baixo para um show de rock. Pitty engrossou o coro no palco.
O clima na plateia era de nostalgia, já que Pitty atualmente faz show que celebra os 20 anos do álbum Admirável Chip Novo. “Isso é muito minha adolescência”, comentavam os fãs.
Com Céu, Pitty cantou Varanda Suspensa e Me Adora. Foi a primeira vez que as duas se apresentaram juntas.
Marcelo D 2 entrou no palco para celebrar o repertório do Planet Hemp, com Mantenha o Respeito. De sua carreira solo, cantou Qual É?.
Céu voltou ao palco para se juntar a Pitty e D2 em uma homenagem a Gal Costa cantando Divino Maravilhoso, de Gil e Caetano Veloso.
Depois, foi a vez da cantora paraense Joelma levar a mistura de ritmos paraenses e latinos, com pegada pop, para o Parque Ibirapuera. Ela cantou músicas como Primeiro Amor e Não Faz Sentido. O led da roupa da cantora não funcionou. “Não sei o que aconteceu”, disse.
Ela teve como convidada a cantora paulistana Mariana Aydar, com que cantou Voando Pro Pará. “Nosso país é incrivelmente rico de cultura. Por isso essas misturas são importantes”, disse Joelma sobre o encontro com Mariana.
Depois, o show Nós, A Gente, que une a família Gil, com Gilberto Gil e Preta Gil cantando alguns de seus sucessos. A cantora, que passa por tratamento contra um câncer, participou apenas de um terço das músicas. “Estar de volta ao palco faz parte do meu processo de cura”, disse, antes da apresentação, ao Estadão. Clique aqui para ler a íntegra da entrevista.
Veja fotos do 2.º dia do festival Turá
No primeiro dia, destaque para Zeca Pagodinho e Jorge Ben Jor
O primeiro dia da segunda edição do Festival Turá ocorreu no sábado, 24 de junho, na área externa do Auditório Ibirapuera, na zona sul de São Paulo. Com um line-up que misturou novos nomes da música brasileira como MC Hariel e Lucas Mamede com nomes consagrados como Zeca Pagodinho e Jorge Ben Jor, o festival levou um público de para o gramado do parque.
Zeca Pagodinho, uma das atrações do Festival Turá, conversou com jornalistas minutos antes de entrar no palco na noite do sábado. Recém-chegado de uma turnê nos Estados Unidos e com shows programados para a Europa nos próximos meses, o sambista disse que está acostumado com essa rotina, mas quer, cada vez mais, diminuir o ritmo. “É bom, mas cansa, quero viver mais”, disse.
A reportagem do Estadão questionou o cantor se ele pretende fazer um novo álbum com músicas inéditas - o ultimo, Mais Feliz, foi lançado em 2019. “Não estou compondo muito. Acontece esporadicamente”, diz, sinalizando que não prepara um novo álbum.
Quando questionado sobre as novas gerações da música brasileira, Zeca Pagodinho não demonstra tanta empolgação: “Hoje é tudo nas plataformas. Não tem mais disco com a cara de ninguém. Eu fico ouvindo Elizeth Cardoso, Ciro Monteiro e Nelson Cavaquinho”.
Recentemente, o cantor cedeu duas músicas a Marcelo D2. Uma delas é Bundalelê, lançada no álbum Iboru. “Estourou, né?”, disse Zeca.
No palco, o cantor mostrou boa disposição e cantou sucessos como Vai Vadiar, Judia de Mim, Vou Botar Teu Nome na Macumba e Verdade. A apresentação empolgou o público que se juntou em frente ao palco - o que aliviou as grandes filas que se formaram durante todo o dia nas tendas de alimentação e nos banheiros.
Quem fechou a noite foi o cantor e compositor Jorge Ben Jor, de 84 anos. Ben Jor fez shows de hits, entre eles, Chove Chuva, Que Maravilha, Os Alquimistas Estão Chegando, mas também mostrou algumas canções mais ‘escondidas’ de seu repertório, como Magnólia e Zumbi, ambas cultuado álbum A Tábua de Esmeralda, lele lançou em 1974.
Animado, ele correspondeu à expectativa do público que cantou junto com o artista em todas as canções. Ben Jor foi avisado duas vezes pela produção que deveria encerrar o show, mas continuou no palco por mais alguns minutos. No final, jogou toalhas e boné personalizados com seu nome para o público.
A plateia que lotou o gramado do Ibirapuera - a produção não divulgou o público total que compareceu ao festival no sábado - pediu bis. Ben Jor ensaiou voltar a tocar, foi ao microfone, mas ao saber que teria apenas mais três minutos para se apresentar, desistiu da ideia. “Fica para a próxima, pessoal”, disse. Os shows do cantor costumam durar 2h30. No festival, assim como os demais artistas principais, ele teve 1h para se apresentar.
Encontro morno entre Maria Rita e Sandra de Sá
Mais cedo, também no sábado, o encontro entre Maria Rita e Sandra de Sá, que prometia novidades, soou morno. A deixa para Rita chamar Sandra ao palco foi a música Enredo do Meu Samba, sucesso de Sá. Porém, as duas pouco interagiram musicalmente no palco, com Maria Rita fazendo breves intervenções nos refrões das músicas.
Sandra ainda cantou Soul de Verão - com arranjo da banda de Maria Rita - e Olhos Coloridos. Sandra não voltou ao palco para o bis. Maria Rita apresentou sucessos do samba, com uma show parecido com o que mostrou no Rock in Rio, no ano passado.
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