O produtor João Marcello Bôscoli será entrevistado pelo jornalista Julio Maria, do Estadão, na Casa de Francisca terça (22) para falar do livro Elis e Eu – 11 Anos, 6 Meses e 19 Dias com a Minha Mãe. Pela primeira vez, João escreve sobre Elis, a mãe que ele perdeu quando tinha 12 anos, em um texto forte, comovente e com histórias inéditas.
A noite será dividida em entrevista aberta, às 21h, um conceito de bate papo diante da plateia em uma casa de shows, e, na sequência, uma apresentação musical. O show, previsto para começar às 22h, será da cantora Vanessa Moreno.O repertório será formado por músicas que Elis gravou. A Casa de Francisca fica na Rua Quintino Bocaiúva, 22, Centro. As reservas podem ser feitas pelo site e o telefone é 3052-0547.
O livro de João, pode-se dizer, começa praticamente onde termina a biografia Elis – Nada Será Como Antes, que Julio Maria lançou em 2015. Elis, que morreu em janeiro de 1982, deixou três crianças e a mais velha delas, João, é quem guarda mais memórias por, naturalmente, ter convivido mais com a mãe. Seus irmãos são Maria Rita, que tinha 4 anos à época, e Pedro Mariano, que tinha nove. O pai de João era Ronaldo Bôscoli, jornalista, compositor e produtor, morto em 1994.
João nasceu no Rio, em 1970. Ouviu músicas em casa desde sempre e, aos 11 anos, fez sua estreia como instrumentista tocando bateria e cantando no álbum Comissão de Frente. Fez parte de grupos que vieram depois e participou de festivais colegiais também como compositor. Sua primeira aparição à frente de um programa foi em 1994, quando comandou o Cia da Música, tocando ao vivo as músicas de seus convidados. Bem relacionado desde o berço, acabou conhecendo e trabalhando com Milton Nascimento, Paulinho da Viola, Lenine, Nelson Sargento, Ivan Lins, César Camargo Mariano, Jorge Ben Jor, Demônios da Garoa, Zélia Duncan, Elza Soares e Arnaldo Antunes.
Seu primeiro álbum como produtor veio em 1995, quando lançou João Marcello Bôscoli & Cia. Além disso, esteve ao lado de novos artistas à época, como Simoninha, Max de Castro, Pedro Mariano e Daniel Carlomago. Em 1997, abriu uma gravadora, a Trama, e passou a assinar trabalhos também como arranjador, além de produtor.
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