Gal Costa: Hildegard reforça pedido por exumação e diz que ‘silêncio dos Doces Bárbaros incomoda’

Amiga de cantora vem fazendo campanha por investigação sobre a causa da morte de Gal após revista trazer denúncias envolvendo viúva à tona

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Recentemente, a jornalista Hildegard Angel, amiga de Gal Costa, pediu pela exumação do corpo da cantora para esclarecimentos sobre a causa da morte após denúncia sobre a viúva da artista ter vindo à tona em reportagem da Piauí. Na tarde deste domingo, 16, ela voltou a tocar no tema.

PUBLICIDADE

“Começa a incomodar, entre alguns verdadeiros amigos da saudosa Gal Costa, o silêncio dos Doces Bárbaros ante o desejo expresso de muitos de urgente exumação/necropsia dos restos mortais da cantora, após as revelações sobre o suplício que sofrera feitas pela revista Piauí”, escreveu.

A referência aos “Doces Bárbaros” remete ao grupo que Gal Costa formou com Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia, realizando diversas apresentações na década de 1970.

Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa e Gilberto Gil em foto de 2002. Cantores se uniram para formar os Doces Bárbaros nos anos 1970. Foto: Fabio Motta/Estadão

Hildegaard começou a campanha após a publicação, no dia 8 de julho, de reportagem da revista Piauí sobre o passado da empresária Wilma Petrillo, que durante quase três décadas manteve um relacionamento pessoal e profissional com Gal.

Segundo o texto, o atestado de óbito cita duas causas presumidas: infarto agudo no miocárdio e tumor maligno e crânio e pescoço. O corpo de Gal Costa não passou por autópsia.

Publicidade

À época, Hildegard protestou: “A partir das revelações recentes, admiradores de Gal Costa adquirem uma consciência súbita de que a ‘causa mortis’ da cantora não nos convence. Queremos uma resposta clara”.

O Estadão buscou contato com Wilma Petrillo através de uma rede social anteriormente, mas não obteve retorno. As assessorias de Gilberto Gil e Maria Bethânia também foram procuradas, mas não enviaram resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação dos envolvidos.

Procurada para manifestação sobre o tema, a assessoria de Caetano Veloso enviou um comunicado que diz: “Agradecemos o seu convite e o interesse mas, infelizmente, não será possível. Caetano encontra-se sem disponibilidade de agenda e não está assumindo novos compromissos no momento.”

Hildegard também foi contatada para mais detalhes sobre a repercussão de suas postagens sobre o caso e se algum amigo ou fã de Gal pretendem entrar com algum pedido formal ao Ministério Público, e enviou a seguinte resposta:

“Mais do que a matéria da Piauí, o que me inspirou o comentário foram posts bem anteriores, a partir da morte de Gal, de seu produtor, Paulinho Lima.

Publicidade

Tinha grande admiração e respeito por Gal, uma doce pessoa que conheci desde o início da carreira no Rio, um conhecimento cordial.

Assisti a todos os seus shows, e também a recebi em vários eventos meus, sempre amável quando me atendia. Paulinho foi seu divulgador e produtor, e viveu intensamente o entorno de Gal, e as ‘internas’.

Pelo que percebo, os fãs e amigos de Gal se julgam impossibilitados de agir, quer por não serem parentes, quer por não terem recursos. Paulinho lamentou comigo, e também no Instagram, a distância do assunto dos Doces Bárbaros, que segundo ele teriam motivos e representatividade para agir. Tenho muita pena disso tudo. Os deuses das artes, em vida, são aclamados, e, na morte, ignorados. Isso me entristece bastante.”

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.