Projeto de vereadores de Florianópolis para conceder o título de cidadão honorário ao cantor e compositor baiano Gilberto Gil foi rejeitado pela Câmara. Essa é a segunda vez que o músico tem seu nome cogitado para a honraria e acaba sendo preterido. A outra indicação ocorreu em 2020.
Nas redes sociais, um dos proponentes, o vereador Afrânio Boppré (PSOL), comentou o ocorrido e ainda explicou que a ideia de conceder o título a Gil seria por ele ter todos os requisitos necessários e ainda pelo fato de o músico ser a “principal atração da festa de aniversário da cidade”. Cantor, de 80 anos, está na programação da Maratona Cultural e fará show no dia 26.
Como em outras cidades brasileiras, a questão do título de cidadão honorário é concedida a pessoas que têm uma história de ativismo social, que tenha prestado relevantes serviços de interesse sosical.
TRAJETÓRIA
Nascido em Salvador, na Bahia, no ano de 1942, Gilberto Gil viveu a sua infância na cidade de Ituaçu. Em 1951, voltou para a capital e começou a aprender acordeão por influência de Luiz Gonzaga e do gênero musical baião. João Gilberto e a bossa nova inspiraram Gil a aprender a tocar violão, por conta disso ganhou o primeiro instrumento de sua mãe.
No início de 1967, Gil e outros artistas da MPB criaram o Tropicalismo, movimento de vanguarda da música popular brasileira, de influência modernista. Após a música Divino, maravilhoso, cantada por Gal, em parceria com Caetano, alcançar o terceiro lugar do 4° Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record, a canção origina um programa experimental dos tropicalistas.
Um dos grandes artistas brasileiros, um dos criadores do movimento Tropicalista e vencedor de inúmeros prêmios internacionais, Gilberto Gil também foi ministro da Cultura do governo Lula entre 2003 e 2008 e vereador na cidade de Salvador entre 1989 e 1992.
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