Damn, de Kendrick Lamar, é o grande disco de rap do ano - segundo a academia da indústria de gravação, que organiza anualmente o Grammy, pelo menos. O poderoso álbum do rapper de Compton, na Califórnia, superou To Pimp a Butterfly na contagem de gramofones recebidos nas nas categorias dedicadas ao rap.
O disco de 2015, considerado um fenômeno artístico e revolucionário, ao fundir a cultura hip-hop com a cultura do jazz de vanguarda da costa oeste norte-americana, ao mesmo tempo em que colocava o dedo em feridas que muitas pessoas gostariam de esquecer, levou quatro prêmios na cerimônia realizada no ano seguinte.
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Venceu nas categorias de melhor performance e melhor música, com Alright; melhor performance vocal de rap por These Walls; melhor vídeo de rap por Bad Blood, gravado com Taylor Swift; e melhor disco de rap.
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Desta vez, Damn, lançado no ano passado, faturou todos os gramofones das categorias específicas. Ainda antes mesmo do início da cerimônia, realizada na noite deste domingo, 28, no Madison Square Garden, Lamar havia levado três prêmios. Logo nos primeiros minutos do Grammy, foram mais dois.
Damn foi eleito o disco de rap do ano, a música Humble foi eleita a melhor canção, performance e melhor vídeo. Com Loyality, na qual Lamar divide os vocais com Rihanna, venceu como melhor performance vocal de rap.
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Restam, para Lamar, as duas principais categorias da noite: música do ano e diso do ano. Em 2016, o Grammy ficou com Taylor Swift e seu disco 1989. Todo mundo chiou. Desta vez, a academia tem a chance de corrigir os erros anteriores.
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