Lollapalooza 2017: The Weeknd 'frita' o público com pop cheio de malícia

Cantor canadense encerrou as atividades do palco Onix do festival neste domingo, 26

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Uma procissão se dirigia ao palco Onix, o mais isolado de toda a área do Lollapalooza, ao fim da tarde deste domingo, 26. Lá, às 19h, com alguns minutos de atraso, se apresentaria The Weeknd, cantor canadense em seu primeiro show no País. 

A aguardada apresentacao do cantor norte americano TheWeeknd -ele 'frita' o público com pop cheio de malícia Foto: Serjão Carvalho/ Estadão

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Weeknd, até o ano passado, era um cantor com influências de R&B dono de um pop obscuro, cheio de referências a noitadas pesadas, regadas a drogas, garotas e que sempre levavam a uma ressaca moral. Ele era o bad boy, à beira do pop mainstream. Fazia dançar, sim, mas não tinha saído da própria bolha. Rompeu-a com o álbum Beauty Behind the Madness, do ano passado. Com o hit Can't Feel My Face, atingiu o estrelato ao cantar sobre uma fixação - alguns dizem ser um amor, outros interpretam como o vício em cocaína. O real significado pouco importa. The Weeknd é, hoje, um dos cantores mais cools do pop. 

E tem razão para isso, como a performance no Lollapalooza mostrou. Ele não precisa de batidas fáceis e versos assobiáveis. Ele trunca tudo, mas ainda é capaz de fazer dançar. Com o mais recente disco, Starboy, ele foi além. Fez parcerias com Daft Punk, entre outros, para se reinventar. A malícia perdeu força, é verdade, mas ainda funciona ao vivo - se alguém duvida, deveria ter assistido à apresentação de Starboy, a música, que abriu o show, um petardo daqueles. 

E ele canta, de verdade, diferentemente de outros ícones do pop, ou até mesmo de Simon Le Bon, do Duran Duran, que se apresentou horas antes, que mais parecia com o Zezé Di Camargo, com a necessidade de apoio de backing vocals o tempo todo. Com a banda de apoio escondida, Weeknd segura o show sozinho - mesmo no miolo da apresentação, quando ele prefere fazer uma regressão ao período no qual ele era menos popular e, suas canções, mais trap, lentas e pesadas. 

Quando ele parte para o pop puro, como quanto executou Can't Feel My Face, é certeiro. Frita o público, no melhor uso da gíria. 

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The Weeknd é o pop dos bons, que rompe barreiras. Agora, convenhamos, é mais comercial que os tempos de suas mixtapes lançadas antes da fama, mas ele ainda injeta potência maliciosa na dança - quanto mais, melhor. 

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