Lollapalooza 2023: Artistas que você talvez não conheça, mas deveria ouvir no festival

Dentre os destaques, Brisa Flow, primeira artista indígena no set list do evento, banda coreana The Rose e grupo feminista curitibano ‘Mulamba’

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Foto do author Ana Lourenço

Apesar de algumas desistências de grandes artistas no meio do caminho (ao todo foram cinco: Omar Apollo, Blink-182, Dominic Fike, 100gecs e Willow), a décima edição do Lollapalooza Brasil chega com grandes nomes em seu line-up.

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Em 2023, a geração dos 20 e poucos anos, ou os chamados geração Z, brilha nos palcos. Billie Eilish, com apenas 21 anos é uma das headliners e mostra que idade não tem nenhuma relação com talento. Essa é a primeira vez da cantora no Brasil. Ela é considerada um dos nomes mais importantes e premiados da música pop na atualidade. Junto com Billie, o cantor norte-americano Conan Gray, de 23 anos, que teve seu primeiro álbum colocado no quinto lugar da Billboard 200, em 2020. E também Mochakk, nome artístico do DJ brasileiro Pedro Maia, que se apresenta no sábado, às 19h.

As mulheres dominam a cena eletrônica com um total de 14 DJs, brasileiras e estrangeiras, se apresentando no palco Perry’s by Johnie Walker Blonde. Dentre elas, a brasileira Curol, de Belo Horizonte, que traz referências afro para sua música, criando um som bem original e de qualidade. O destaque também vale para Nora En Pure, uma DJ e produtora de deep house suíço-sul-africana.

E por falar em diversidade, muitas bandas e grupos trazem o ativismo para os palcos. Os mineiros ‘Black Pantera’ abordam temas como racismo e discriminação em suas canções de Heavy Metal. Os integrantes, Charles Gama, Chaene da Gama e Rodrigo “Pancho” Augusto, são negros e criaram a banda em homenagem aos Panteras Negras, movimento que defendia os direitos civis da comunidade negra em 1966.

O número de brasileiros também mostra a importância que o festival dá para valorizar a música nacional. Ao todo são 38 performances de artistas das mais variadas regiões do Brasil. Um dos que promete fazer história é o Planta e Raiz, que celebrará os 25 anos da carreira trazendo o grupo baiano Olodum. Essa será a primeira banda de reggae nacional a tocar no festival.

São várias apresentações de músicos já consagrados do cenário musical brasileiro e internacional durante esse final de semana. Mas abaixo separamos algumas apostas que você pode (e deve) conhecer no festival deste ano.

Kali Uchis

Em 2020, a colombiana-americana de 28 anos, viralizou no tiktok com a música ‘Telepatía’. No mesmo ano ela estava confirmada para o line-up do Lollapalooza, mas ele foi cancelado graças à pandemia do Coronavírus. Agora, ela chega com um repertório maior e prometendo um show com bastante músicas do novo álbum, Red Moon in Venus.

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  • Apresentação: sexta-feira, às 19h05 no Palco Budweiser.

Rise Against

A banda americana de punk rock de Chicago volta para o Brasil depois de quase seis anos desde a passagem pelo Maximus Festival, em 2017. O grupo é conhecido por letras politizadas que questionam os dilemas atuais dos jovens e da sociedade. Na última terça-feira, dia 21, a banda se apresentou no Cine Joia, durante o Lolla Sideshows, e teve os ingressos esgotados.

  • Apresentação: sexta-feira, às 21h15 no Palco Adidas.


Devochka

Artista mineira, de 32 anos, tem músicas eletrônicas intensas e com batidas contagiantes. Em sua música mais escutada no Spotify, Bach, ela mistura acordes do músico clássico alemão com o beat.

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  • Apresentação: sexta-feira, às 15h30 no palco Perry’s By Johnnie Walker Blonde.

Baby

Formado pela cantora paraense Luê e pelo mexicano naturalizado brasileiro Mateo Piracés-Ugarte, a dupla traz um estilo ‘brega sensual’ para os palcos. A estreia no Lollapalooza vem um ano depois do lançamento do álbum “Amorzinho”, que traz declarações de amor do casal em uma mistura de latinidade com o Pará.

  • Apresentação: sexta-feira, às 13h20 no palco Budweiser.

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Aliados

Os fãs de Charlie Brown Jr., CPM 22, Detonautas e tantas outras bandas de rock brasileiro dos anos 2000 vão gostar do estilo de Aliados. Formada na cidade de Santos pelos músicos Fildzz, Dudu Golzi, Rafa Borba e Marquinhos Perez.

  • Apresentação: sexta-feira, às 12h no palco Budweiser.

Brisa Flow

Brisa de la Cordillera é o nome completo da MC que é pesquisadora, representante da cultura hip hop e defensora da música indígena. Brisa, que é de Minas Gerais sempre teve influência da cultura dos povos andinos e será a primeira artista indígena a se apresentar no Lollapalooza Brasil. Ela promete unir os ritmos ancestras com rap e um pouco de eletrônico.

  • Apresentação: sexta-feira, às 12h30 no palco Chevrolet.

Jane’s Addiction

A banda estadunidense de rock alternativo foi, basicamente, quem permitiu que o festival existisse. Afinal, o cantor dela, Perry Farrell foi quem criou em 1991 o Lollapalooza como uma turnê de despedida da sua banda. Influenciada pelo hardcore punk e heavy metal, o grupo sobe aos palcos com os integrantes originais: Perry Farrell, Dave Navarro, Eric Avery e Stephen Perkins.

  • Apresentação: sábado, às 17h50 no palco Chevrolet.


Wallows

Formada em 2017 pelos melhores amigos de infância Dylan Minnette (ator de 13 Reasons Why), Braeden Lemasters e Cole Preston, essa é a primeira vez do grupo indie no Brasil. Os garotos trocaram o cenário musical underground de Los Angeles para vários palcos do mundo.

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  • Apresentação: sábado, às 16h45 no palco Budweiser.

Melanie Martinez

A cantora se tornou conhecida por suas canções e estilo polêmico. Se antes o cabelo de duas cores já gerava comoção, hoje, suas apresentações com máscara de ‘gata alienígena’ chocam. Essa será a terceira vez da artista, que tem apenas 27 anos, no Brasil. Mas o estilo do show deste ano promete seguir as premissas do novo álbum, K-12, que traz um universo místico.

  • Apresentação: sábado, às 21h35 no palco Adidas.

Sofi Tukker

Dupla novaiorquina dos músicos Tucker Halpern e Sophie Hawley-Weld. A dupla se tornou conhecida mundialmente em 2016 com a canção “Drinkee”, onde eles cantam em português em uma adaptação de um poema de Chacal. Mas essa não é a única ligação da dupla com o Brasil. Eles também fizeram um single com Pabllo Vittar, Energia Parte 2, a qual cantaram juntos durante o Coachella 2019.

  • Apresentação: sábado, às 18h55 no palco Adidas.

Mulamba

Banda curitibana formada em 2015 que traz a luta contra o machismo através de ritmos do rock e MPB. O grupo é composto por seis mulheres de diferentes cores e formas - Amanda Pacífico, Cacau de Sá, Caro Pisco, Érica Silva, Fer Koppe e Naíra Debértolis - suas letras focam no empoderamento feminino e na igualdade de gênero.

  • Apresentação: sábado, às 12h no palco Budweiser.

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Tove Lo

A cantora sueca ficou conhecida mundialmente pelo single ‘Habits’. Mas além dele que sempre é esperado durante as performances da artista, também é seu ato político e feminista de levantar a camisa. Desde que cantou em 2017 no Brasil, Tove Lo lançou três Grammys, escreveu ‘Homemade Dynamite’ para Lorde e gravou um funk com o brasileiro MC Zaac.

  • Apresentação: domingo, às 18h35 no palco Budweiser.

The Rose

Pela primeira vez uma banda coreana irá se apresentar no Lollapalooza Brasil e será uma ‘boyband’. A estreia do grupo foi em 2017 com o single ‘Sorry’. Em dezembro Woosung (vocal e guitarra), Dojoon (teclado), Hajoon (bateria) e Jaehyeong (baixo) estavam no Brasil para um show solo no Espaço Unimed.

  • Apresentação: domingo, às 16h25 no palco Adidas.

Tuyo

O grupo brasileiro de afrofuturismo traz canções que falam sobre a vida e a subjetividade humana: desde o medo da solidão até o prazer da fofoca. O ritmo tem um pouco de música ambiente e folk, que deixa tudo mais melancólico e íntimo.

  • Apresentação: domingo, às 13h25 no palco Chevrolet.

Number Teddie

No auge dos 25 anos, Geovane Aranha faz das suas músicas pop um diário, contando sobre brigas com amigos, problemas amorosos e sonhos frustrados. Tudo isso através do humor, claro.

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  • Apresentação: domingo, às 12h no palco Chevrolet.
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