A versão pai de Lucas Silveira, vocalista da banda Fresno e ídolo de muitos adolescentes dos anos 2000, pode, em princípio, assustar um pouco. Aos 32 anos, o músico segura a pequena Sky de apenas 5 meses no nas mãos e fala com orgulho sobre a novidade para a reportagem do Estado em sua casa, na zona oeste de São Paulo. “Você passa a ser mais responsável não só em relação à vida, mas ao mundo. Não tem como não ser, na verdade. Não existe espaço no planeta para aquele pai anos 1980, que trabalha o dia inteiro e, no máximo, troca a fralda da criança. A velha figura que vê o filho de vez em quando e coloca refrigerante na mamadeira, saca? Isso já era”, brinca. Maturidade musical e pessoal. Talvez essas sejam as palavras que melhor definam a atual fase de Lucas. Ele, que acaba de lançar The Life and Death of Beeshop, o segundo disco de estúdio do Beeshop em inglês, seu projeto solo, fala com segurança sobre o trabalho. “Com o tempo de estrada, a gente ganha confiança para desenvolver coisas mais complexas. No primeiro álbum, The Rise and Fall of Beeshop (2010), eu fiz tudo de maneira certinha e convencional. Explorei os elementos básicos de uma gravação. Neste novo, entretanto, não. Pude, de alguma forma, desconstruir e experimentar”, diz.
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