Médicos alemães afirmam que membro do Pussy Riot pode ter sido envenenado

Segundo os médicos, Pyotr Verzilov está fora de perigo, mas seu estado de saúde exige acompanhamento médico permanente.

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Por Redação

Os médicos do Hospital Universitário da Charité, em Berlim (Alemanha), explicaram nesta terça-feira, 18, que é provável que o ativista Pyotr Verzilov - membro do grupo Pussy Riot - tenha sido envenenado.

O médico responsável pelo tratamento, Kai-Uwe Eckardt, explicou que Verzilov foi levado de Moscou para Berlim no sábado com sintomas de intoxicação. Esse diagnóstico já tinha sido dado pelos médicos da Rússia, que o atenderam e realizaram os procedimentos adequados, como lavagem intestinal e diálise.

Pyotr Verzilov (na foto, em julho) foi levado de Moscou para Berlim no sábado com sintomas de intoxicação Foto: Tatyana Makeyeva/Reuters

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"O quadro clínico e os relatórios dos médicos de Moscou apontavam para uma intoxicação séria", disse Eckardt nesta terça-feira, 18, em entrevista coletiva.

Os médicos ainda não descobriram qual substância provocou a intoxicação, mas disseram que os sintomas permitem determinar com certa segurança o grupo à qual pertence. Tanto Eckardt quanto o presidente do Conselho Diretor do Charité, Karl Max Einhäupl, indicaram que esse tipo de substância é encontrada em alguns remédios e plantas.

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Conforme explicaram, para provocar tal reação a dose tomada deve ter sido muito grande, embora tenham ressaltado que só podem se pronunciar sobre aspectos médicos.

Pyotr Verzilov passou mal e foi internado na semana passada, depois de passar o dia acompanhando um amigo em um tribunal. No sábado, a pedido da família, ele foi transferido para Berlim.

Einhäupl explicou que o hospital relatou a chegada do membro do Pussy Riot ao governo alemão e à embaixada canadense - Verzilov é cidadão canadense - mas destacou que não há coordenação com eles.

"Digo isto porque quero deixar claro que não trabalhamos em nome do governo alemão", afirmou.

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Segundo os médicos, Verzilov está fora de perigo, mas seu estado de saúde exige acompanhamento médico permanente.

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