Metallica transforma tudo que toca em ouro

Banda californiana, que já registrou mais de US$ 400 milhões em receitas, lança novo álbum, 72 Seasons, na sexta-feira, 14, e inicia nova turnê mundial

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Por Philippe Grelard
Atualização:

AFP - Eles começaram como um grupo para os fãs de heavy metal mais experientes, mas, ao longo dos anos, o Metallica se estabeleceu como uma referência na indústria da música, como evidenciado por seu novo álbum, 72 Seasons, guardado a sete chaves e que será lançado na sexta, 14.

A última digressão mundial deste grupo californiano, que começou em 2016 e teve de ser interrompida em 2020 devido à pandemia de covid-19, registrou mais de US$ 400 milhões em receitas, segundo a revista Forbes.

James Hetfield (E), Robert Trujillo e Kirk Hammett do Metallica se apresenta no Global Citizen Festival, no Central Park, em Nova York, em 2022  Foto: Angela Weiss / AFP

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“O Metallica faz parte de um número limitado de locomotivas que atraem um público mais amplo do que seus fãs”, explica à AFP Ben Barbaud, chefe do Hellfest, um dos principais festivais de metal da Europa (420 mil espectadores no ano passado).

Os membros do Metallica são caras “relaxados”, mas cercados “por um maquinário impressionante, uma equipe de quase cem pessoas”, lembra este veterano programador de shows francês.

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Para a próxima turnê, que começa em abril, na Europa, o Metallica reforça esse aspecto comercial, com passes ultraVIP de mais de US$ 7 mil, para oito pessoas e dois dias de shows.

Longe vão os primórdios do grupo, com seu álbum Kill ‘em All (Kill Them All) de 1983, um ícone do thrash metal. Tudo o que eles fazem agora é bombástico.

O Metallica acaba de comprar uma fábrica de vinil, cujas vendas mais uma vez superam as de CDs nos Estados Unidos. “Eles se tornaram uma espécie de monstro do rock”, diz Luc Frelon, programador da webrádio francesa Fip Metal.

De tocar para homens de cabelos compridos e tatuados, passaram a integrar outdoors reluzentes, a colaborar com grandes estrelas como Lady Gaga, em shows como o realizado em homenagem a Freddie Mercury, cantor do Queen.

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Os fundadores do Metallica, James Hetfield, vocalista e guitarrista, e Lars Ulrich, baterista, prestes a chegar aos 60 anos, reconhecem que tudo mudou em 1991, com o chamado Black Album.

Foi o quinto trabalho deles, e títulos como Enter Sandman e Nothing Else Matter abriram as portas para o grande público. Ambos os títulos possuem cerca de 1 bilhão de downloads no Spotify, a principal plataforma de música.

O Black Album foi relançado em 2021, em versão ampliada, com mais de 50 títulos, graças à colaboração de artistas como Elton John e Juanes.

Master of Puppets, canção de 1986, reforçou a sua popularidade ao integrar a banda sonora da série televisiva Stranger Things.

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Para ouvir o próximo álbum, 72 Seasons, os críticos musicais tiveram que deixar seus celulares no vestiário da gravadora para a qual foram convidados e assinar um termo de confidencialidade. Somente artistas do auge de Adele impõem esse tipo de condição.

Os fãs mais entusiasmados poderão ouvir o disco na quinta-feira em alguns cinemas selecionados ao redor do mundo.

Entre os 12 títulos, alguns futuros “sucessos” do estádio são anunciados, como You Must Burn!.

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