Michael Jackson protesta contra gravadora

Cantor organizou manifestação pública em que acusou a Sony e seu presidente de racistas, e recebeu críticas até de seu principal aliado, o pastor Al Sharpton

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Por Agencia Estado
Atualização:

Michael Jackson disse que as gravadoras tratam seus artistas muito mal, principalmente os negros _ como ele. A declaração foi feita em um evento organizado no sábado para apoiá-lo em sua guerra contra a gravadora Sony Music, que ele acusa de conspirar contra sua carreira. Num encontro na sede da organização não-governamental National Action Network, do pastor Al Sharpton, o cantor afirmou que gerações de artistas negros foram manipulados pelas gravadoras. "Quando você luta a meu lado, está lutando por todos os negros, vivos ou mortos", disse ele na sede da instituição, no Harlem, em Nova York, para cerca de 350 pessoas. Ao mesmo tempo, um protesto reuniu centenas de fãs do pop star na frente do prédio nova-iorquino da Sony Music. O músico acha que a gravadora não promoveu como devia seu último disco, Invincible. Ele também reclama que a empresa não lançou uma canção beneficente gravada por ele com nomes como Mariah Carey e Ricky Martin. What More Can I Give teria seus lucros destinados a famílias das vítimas dos atentados terroristas de 11 de setembro. Nenhum representante da gravadora respondeu às declarações no fim de semana. Jackson chamou de racista o chefão da Sony Music, Tommy Mottola, e pediu um boicote a todos os produtos relacionados à empresa _ de discos a filmes, videogames a aparelhos eletrônicos. O pop star foi fotografado com um cartaz em que dizia ao todo-poderoso da gravadora para voltar ao inferno. A repercussão foi ruim a partir do próprio pastor Sharpton, respeitado líder negro nos Estados Unidos. Ele qualificou as acusações de racismo proferidas por Jackson de injustas e infundadas. Sharpton recebeu vários telefonemas de artistas e produtores musicais negros durante o fim de semana em apoio a Mottola, ex-marido de Mariah Carey. O pastor afirmou, no entanto, que apóia a "visão geral" de Michael Jacskon de que há uma "conspiração" contra os artistas negros.

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