Ney Matogrosso falou com o Estadão, com exclusividade, logo depois de fazer seu show no The Town, no palco The One. Como havia sido a atração de estreia do Rock in Rio, em 1985, ele veio ao festival na tarde de sábado, 2, para cantar Deus Salve a América do Sul, e retornou para um show de uma hora, neste domingo, 3.
Ney pôde falar sobre algo que percebeu de cima do palco: as gerações mais jovens, segundo ele, são muito mais abertas do que os adolescentes de 85. “Hoje os jovens recebem muito melhor aquilo que não conhecem. Cantaram muito no show. Naquele tempo não era assim”, disse.
Em 85, Ney chegou a ser vaiado por uma turma de metaleiros que esperavam para assistir a seus ídolos, escalados para a mesma noite. Eles jogavam ovos em Ney e Ney os chutava de volta.
Sobre o fato de ser “sanduichado” em um festival que tem Luísa Sonza antes e Alok depois? Ney sente que seu público seria uma espécie de “público por tabela”? “Olha, não senti isso. E adorei poder ter encontrado no camarim o Matuê”, revelou. “Ele chegou todo carinhoso, disse que gostaria de durar tanto quanto eu”.
Ney disse que ainda vai seguir na estrada por um bom tempo com a turnê de Bloco na Rua, lançada em 2019. “Ainda recebo convites muito interessantes para continuar com ela.”
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