Análise | O pior do Rock In Rio 2024: quatro momentos que deixaram a desejar e o porquê

Festival de música contou com shows memoráveis - e outros nem tanto; confira alguns

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Foto do author Danilo Casaletti
Foto do author André Carlos Zorzi

O Rock In Rio 2024 chegou ao fim no domingo, 23. Entre shows que empolgaram o público como os de Ed Sheeran, Mariah Carey, Paralamas do Sucesso e Travis Scott, outros foram alvos de críticas ou acabaram por não empolgar tanto quem compareceu à Cidade do Rock ou acompanhou a transmissão pela TV. Confira abaixo alguns dos piores momentos desta edição:

Atrasos no ‘Dia Brasil’

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O show Pra Sempre Trap, programado para começar às 15h30 no Dia Brasil do Rock In Rio, sábado, 21, acabou atrasando por mais de 1h30 por conta de problemas técnicos. A solução encontrada pela organização do festival foi atrasar todos os shows posteriores.

Além de cansativo para quem estava na Cidade do Rock ou assistindo pela TV, houve até um efeito negativo prático: Luan Santana, que estava confirmado para cantar com sertanejos, precisou cancelar sua ida ao Rock In Rio por conta do atraso (ele já tinha outro show marcado na mesma noite).

Will Smith

Quem viu, quase não acreditou. Foram exatos 18 minutos no palco e sete músicas - talvez só seja superado por Aaron Carter, o irmão de Nick, dos Backstreet Boys, que cantou somente quatro músicas em 2001.

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PKRIR 19/09/2024 - ROCK IN RIO 2024 / PALCO SUNSET -Show de Will Smith , no palco Sunset no Rock in Rio 2024, na zona oeste do Rio de Janeiro.  Foto: Pedro Kirilos/Estadão

O suficiente para o ator mostrar que sua carreira como rapper não decola. Enaltecendo o “Riooohhh” a cada momento, Smith cantou e dançou músicas como Men in Black, Gettin’ Jiggy Wit It e Work of Art.

Empunhando uma bandeira brasileira, lembrou Magalenha, de Sergio Mendes e Carlinhos Brown. O ator tentou segurar a apresentação - anunciada quase de última hora pelo festival - com seu carisma. O público nem ligou. Mas Will, ao menos, parece ter se divertido.

Journey

O público esperou 56 minutos para poder ouvir Don’t Stop Believin’, o maior sucesso do grupo. A demora fez com que o público tivesse uma atitude morna diante de um show monótono e protocolar, ainda que de boa qualidade técnica instrumental.

A voz do vocalista Arnel Pineda, que entrou na banda em 2007, ganhou manchetes e repercussão nas redes sociais por ter deixado a desejar. Ele próprio falou sobre o tema na noite de domingo, 23, em seu Instagram: propôs que os fãs decidissem se ele deve continuar cantando ou não, diante de tantas críticas.

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Show da banda Journey , no Palco Mundo , no Rock in Rio 2024, na zona oeste do Rio de Janeiro. Foto: Pedro Kirilos/ Estadão

Pra Sempre Samba

É difícil colocar um show comandado por Zeca Pagodinho entre um dos piores do festival. No entanto, a nota dissonante aqui é para o fato de que o público pouco conseguiu ouvi-la. Nas laterais do palco era possível ver um caminhar sem fim.

O som baixo, mais uma vez no Palco Sunset, onde ocorreu a apresentação, também não ajudou, e o tímido coro do elenco de peso de sambistas como Diogo Nogueira, Maria Rita e Xande de Pilares não encobriu o falatório do público e o som eletrônico que vinha de um dos estandes de patrocinadores.

Show de Zeca Pagodinho e Diogo Nogueira, em dia de samba no palco Sunset no Rock in Rio 2024, na zona oeste do Rio de Janeiro.  Foto: Pedro Kirilos/ Estadão
Análise por Danilo Casaletti

Repórter de Cultura do Estadão

André Carlos Zorzi

Repórter de Cultura do Estadão.

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