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O pop dos anos 2000 já virou nostalgia. Wanessa Camargo aproveita onda ‘retrô' e se joga em festival

Primeira edição do Replay Festival, dedicado à primeira década dos anos 2000, chega no Rio de Janeiro em 28 de outubro e em São Paulo no dia 04 de novembro; cantora se apresenta nas duas datas

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Foto do author Beatriz França

Para quem acompanhou fases mais antigas da música popular, a expressão “revival dos pop anos 2000″ pode não fazer muito sentido - afinal, estamos ainda vivendo estes anos. Mas, se você usar o termo para se referir só à primeira década do século - que pasme, já foi sucedida por duas outras décadas -, a coisa começa a se encaixar. Sim, estamos vivendo uma nostalgia daqueles tempos (que não foram ontem), e do sucesso de artistas como Cine, KLB, CPM 22, Felipe Dylon e da filha adolescente de Zezé di Camargo, uma tal... Wanessa.

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Faltando poucos dias para o Replay Festival desembarcar em São Paulo, Wanessa Camargo segue a linha “poderosa, atrevida” para seu show que promete ser uma viagem para o auge dos anos 2000. A ideia do festival é fazer com que o público “aperte” o REPLAY e volte no tempo durante as apresentações no Rio (28/10) e São Paulo (04/11).

Em entrevista ao Estadão, Wanessa fala que os anos 2000 sempre a acompanham. “A música Por que o amor não deixa não pode sair do meu repertório, por exemplo. E é muito bacana um festival com essa pegada. Vou buscar uma playlist super anos 2000, que foi o que me trouxe até aqui. Desde o figurino até a apresentação, isso vai ser bem divertido”, diz aos risos.

O repertório de Wanessa para o Replay promete agradar aos fãs das antigas – e que, diga-se de passagem, sofriam um pouquinho ao som de alguns sucessos da época: “Amor não deixa, Apaixonada por você e Eu posso te sentir são três músicas muito fortes do meu primeiro ano como cantora e fazem sucesso até hoje. Obviamente, estão no meu repertório, mas também vou revisitar essa fase mais nostálgica, com músicas dos meus 10 primeiros anos de carreira”.

Para o festival Replay, Wanessa Camargo prepara playlist baseada em seus 10 primeiros anos de carreira.  Foto: Alexandre Pio

Além dela, o festival também traz nomes como a banda Cine, KLB, CPM 22, Felipe Dylon, Valesca Popozuda, Sean Kingstom e outros artistas que marcaram a época. Guilherme Wolff, diretor-executivo do grupo TAJ|TOY e organizador do Replay Festival, explica a ideia de revisitar os anos 2000 e apertar o “REPLAY”.

“A gente quer criar recordações vivas ali e novas memórias. E para conseguir isso ficou mais fácil porque vivemos os anos 2000 e o festival é uma forma de expandir as memórias dessa época. Além de abraçar a saudade do público por esse período”, explica.

Gente como a gente, Wanessa Camargo não esconde a animação com o line-up do Replay e está pronta para curtir (e reencontrar) alguns artistas nos dois de apresentação. “Quando eu comecei, encontrava muito o pessoal que vai subir no palco do Replay também. A gente se cruzava muito na televisão, mas hoje mudou tudo. Faz tempo que não vejo alguns, outros eu ainda encontro. Mas vai ser muito bom poder curtir também”, diz.

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Para suas apresentações, ela promete revisitar uma das fases mais saudosas, que, segundo ela, é a adolescência: “A música transporta para um momento que vivemos e acredito que vai ser uma viagem no tempo muito gostosa e de boas lembranças. Acho que todo mundo sente saudade dessa fase, que é muito rica e cheia de primeiras vezes. Precisa ser lembrada com muito carinho”.

A Wanessa do pop

Wanessa Camargo explica que nunca deixou o pop de lado, mas que transita entre estilos musicais (com o pop do lado) durante esses 23 anos de carreira. Foto: Alexandre Pio

É impossível não notar uma diversidade musical nos ritmos das canções de Wanessa Camargo - que já passou pela eletrônica anglófila de “Shine it on”, o feminejo sofrido de “Coração embriagado” e o pop picante de “Mulher-Gato”. Mas ela defende que nunca largou o pop na carreira. Na verdade, a cantora descreve a história do “country pop”, por exemplo, como uma “falácia porque sempre fui do pop”.

“O meu pop sempre transitou entre as matrizes da música latina, da música pop americana e um pouco da eletrônica. Essas vertentes sempre estiveram em todos os meus trabalhos, mas nunca larguei o pop como falavam por aí”, fala.

Wanessa explica que tudo começou depois que lançou o álbum 33 como country pop pela WorkShow, mas enxerga isso como “um grande erro de estratégia de marketing porque não era pra rotular esse álbum”.

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“Ele não tem só sertanejo, é um álbum romântico e foi ali que começou essa história de que eu estava mudando de estilo. E tenho um álbum mais pop, romântico, eletrônico... É normal que, em 23 anos de carreira, aconteça essa transição de estilos, mas meu trabalho sempre foi no pop”, explica.

Mesmo frisando que o pop é quem “domina seu coração”, Wanessa Camargo não esconde a felicidade em ter toda essa pluralidade musical em sua carreira: “Eu amo. É o que me move. Poder ouvir coisas novas, buscar coisas diferentes, participar das produções e estar presente nesse processo. Acho que essa pluralidade sonora é o que me encanta e considero essas ‘misturas’ uma característica do meu trabalho”.

Wanessa Camargo é prima dos meninos do KLB?

Com a nostalgia musical dos anos 2000, volta à tona algumas teorias falsas sobre esses artistas. Por exemplo, a inimizade de Wanessa Camargo e Sandy, e o parentesco da filha de Zezé di Camargo com os meninos do grupo KLB.

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Sobre esse segundo fato, a cantora explica que eles são “quase primos” porque o pai dos garotos era empresário de Zezé: “Nós crescemos juntos por conta disso [pais trabalhando juntos], tivemos uma banda quando éramos mais jovens, apresentamos o Jovens Tardes. Agora, eles também cantam no festival lá no Rio e vai ser divertido prestigiar um ao outro”.

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