O maestro Danielle Gatti foi demitido na manhã desta quinta-feira, 2, do posto de diretor artístico e regente titular da Orquestra Real do Concertgebouw de Amsterdã, uma das maiores do mundo. A decisão foi tomada, segundo a orquestra, após denúncias de assédio sexual ao longo de sua carreira terem sido publicadas no último fim de semana pelo jornal The Washington Post.
"Essas acusações e a reação de Gatti causaram comoção entre músicos e equipe, assim como entre acionistas em casa e no exterior. Além disso, desde a publicação da matéria, diversas colegas da Orquestra reportaram experiências com Gatti consideradas inapropriadas para um regente titular. Isso prejudicou de forma irreparável a relação de confiança entre orquestra e maestro", diz o comunicado da Orquestra.
Ao Washington Post, Gatti havia afirmado que qualquer avanço feito por ele só se deu com a certeza de que seria "consensual". Hoje, seu advogado divulgou comunicado no qual afirma que o maestro está "espantado e rejeita todo tipo de acusação". "O maestro instruiu seus advogados a proteger sua reputação e tomar medidas legais se essa campanha difamatória continuar."
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