O maestro Caçulinha morreu na madrugada desta segunda-feira, 5, aos 86 anos. Rubens Antonio da Silva, seu nome de batismo, estava internado no Hospital Santa Maggiore, em São Paulo, havia cerca de dez dias, onde se recuperava de um infarto. O artista ganhou projeção na TV, participando de programas da Record e, mais tarde, do Domingão do Faustão.
Caçulinha recebeu esse apelido por conta do pai, Mariano, da dupla Caçula e Mariano. Os irmãos tocavam modas de viola pelo interior de São Paulo.
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A dupla foi descoberta pelo empresário Cornélio Pires, que já vislumbrava um investimento fonográfico na música caipira. Eles foram os responsáveis por gravar a primeira música sertaneja registrada em disco, Jorginho do Sertão, em 1929.
Com a morte de Caçula, o filho de Mariano, Rubens, assumiu o lugar do tio na dupla. Pela veia artística da família, desde muito cedo Caçulinha demonstrava aptidão com os instrumentos. Aprendeu a tocar viola e sanfona ainda criança.
O músico começou com o sertanejo, mas a versatilidade o levou para o forró e a bossa nova. Trabalhou com Luiz Gonzaga, João Gilberto, Caetano Veloso e Elis Regina.
Foram 31 discos gravados ao longo da carreira, entre eles Bossa e Saudade (1966) e Clássicos do Sertão (1981). Um de seus últimos álbuns foi No Arraiá, de 2009.
Na televisão
Caçulinha começou na TV em 1965, na antiga TV Record, no célebre Fino Trato - programa apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues. Nos anos 1980, foi para a Bandeirantes, onde conheceu Faustão. Os dois trabalham juntos no Perdidos Na Noite. Quando o apresentador migrou para a Globo, Caçulinha também foi, em 1989.
Caçulinha teve participações marcantes em outros programas da casa, como o Sai de Baixo, quando ele fazia as trilhas incidentais do humorístico.
O velório do maestro será realizado na Capela do Cemitério São Paulo, na Rua Cardeal Arcoverde, 1250, em Pinheiros, zona oeste, a partir das 11h. O sepultamento está previsto para as 16h no mesmo local.
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