Madonna homenageou, em seu show em Copacabana na noite deste sábado, 4, pessoas que morreram em decorrência da Aids. Entre anônimos e famosos, como Freddie Mercury, foi possível ver fotos de brasileiros, como Renato Russo, Betinho e Cazuza. O público se emocionou neste momento.
Essa homenagem se repetiu em todos os shows da turnê The Celebration Tour, com artistas do país em que ela se apresentava sendo incluídos no tributo às vítimas da Aids ao som de Live to Tell.
Quem foi Cazuza
Agenor de Miranda Araújo Neto, o Cazuza, morreu em 1990, aos 32 anos, em decorrência da Aids. O cantor, compositor e poeta se tornou um símbolo da luta contra o vírus, por ter sido uma das primeiras personalidades brasileiras a confirmar publicamente que tinha a doença. Na época, a atitude de Cazuza foi importante para levantar a discussão como um tema de saúde pública, já que se tratava de um tópico fortemente estigmatizado na sociedade.
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Cazuza foi referência do rock brasileiro dos anos 1980, revelado pela banda Barão Vermelho, na qual se provou letrista exímio. Mergulhou na carreira solo a partir de 1985, quando lançou o emblemático álbum Exagerado, cuja faixa-título ficou marcada como uma das melhores canções da MPB. Nos anos seguintes, lançou mais quatro trabalhos de estúdio, sendo um deles póstumo.
O artista ficou conhecido por sua ousadia, irreverência e postura contestadora, características que estavam em suas composições, na maneira de se portar no palco, e em suas críticas ácidas à política e sociedade. Falava sobre sua sexualidade abertamente e cantava sobre amor e liberdade, em músicas como Todo o Amor Que Houver Nessa Vida e Boa Vida. Também colocava o dedo na ferida dos poderosos e expressava as insatisfações de sua geração em canções como Ideologia e Brasil.
A seguir, ouça algumas das melhores canções de Cazuza:
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