The Town: o que produção fará para evitar perrengues? Veja respostas e dicas para 2ª fim de semana

Filas na entrada, lama e alagamentos e problemas no transporte dificultaram 1º fim de semana. ‘Estadão’ procurou Roberta Medina e a ViaMobilidade para saber sobre mudanças. Veja respostas e dicas para evitar problemas

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Foto do author Danilo Casaletti
Atualização:

Os dois primeiros dias do estreante festival The Town em São Paulo, nos dias 2 e 3 de setembro, não foram apenas de grandes shows. Os problemas tanto na Cidade da Música, em Interlagos, onde o evento ocorre, quanto no transporte público também foram muitos. Os popularmente chamados de ‘perrengues’ incomodam e deixam apreensivos quem ainda irá curtir os três últimos dias do festival - 7, 9 e 10 de setembro.

Por isso, a reportagem do Estadão procurou a organização do The Town para saber quais serão as ações para corrigir os principais transtornos observados pela reportagem do jornal ou relatados pelo público em redes sociais. Quem enviou as respostas foi Roberta Medina, Vice-Presidente de Reputação de Marca da Rock World e filha de Roberto Medina, criador do Rock in Rio e do The Town.

O primeiro dia do The Town não foi só de música. Alguns problemas irritaram o público. Organização do festival promete melhorias para os três últimos dias. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Filas na entrada

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No primeiro dia, 2 de setembro, a entrada no festival foi lenta, com longas filas nos portões, reclamações sobre fura-filas e até venda de lugares.

Sobre isso, o The Town disse que as pessoas se acumularam em frente aos portões até 4 horas antes deles serem abertos (às 14h) e que esse foi o motivo das longas filas vistas em frente ao Autódromo.

A assessoria do festival também afirmou que no segundo dia do evento tomou medidas operacionais para agilizar a entrada do público, como a redistribuição dos gradis que direcionam as filas e orientou melhor o público sobre rotas e portões.

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  • Dica do The Town: chegue na fila com o ingresso baixado no aplicativo do festival e com documentos em mãos. Os portões não serão abertos antes das 14h.

Quem foi de transporte público, enfrentou filas e atrasos

Aglomeração na Estação Autódromo no primeiro dia do festival Foto: Ana Lourenço/Estadão

Pouco menos de um mês antes do início do The Town, o empresário Roberto Medina, criador do Rock in Rio e do festival paulistano, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o prefeito Ricardo Nunes receberam a imprensa para um bate-papo sobre o festival.

No encontro, eles afirmaram que não seria possível acessar as imediações do Autódromo de Interlagos, onde o The Town ocorre, de carro particular ou por aplicativos.

“Esqueçam a ideia de vir de táxi ou aplicativos. Se quiser ser feliz, venha de transporte público”, disse a empresária Roberta Medina, filha de Roberto. “Vai ser muito difícil chegar de carro. É melhor não vir”, reforçou o governador Tarcísio.

A solução apresentada por eles foram os trens semi-expressos (R$ 15, ida e volta) e expressos (R$ 40, ida e volta) da ViaMobilidade que prometiam um transporte rápido até a Estação Autódromo, local do evento - depois, são cerca de 15 minutos de caminhada até lá - em todos os dias do festival.

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Uma parceria do Governo do Estado, o Metrô São Paulo, a CPTM e a Via Mobilidade, garantiu que todas as linhas de trem e metrô da cidade funcionem por 24 horas nos dias dos festivais.

Os trens, de fato, foram disponibilizados, mas não funcionaram tão bem quanto o esperado. As reclamações foram muitas - ao menos no primeiro dia. Lotação e demora entre uma composição irritaram os passageiros na ida. Na volta do primeiro dia do festival, dia 2, por volta de 2 horas da manhã, a fila para entrar na Estação Autódromo foi gigantesca, conforme observou o Estadão.

ViaMobilidade diz que foi bem, mas promete melhorar

Questionada pelo Estadão, a ViaMobilidade, respondeu, por meio de uma nota, que fará ajustes para os próximos três dias do The Town - 7, 8 e 10 de setembro - com base na operação de domingo passado, dia 3. Segundo a empresa, nesse dia, a operação “funcionou conforme o planejado, sem registro de ocorrências”.

Mesmo assim, a empresa diz que irá dar mais destaque para na sinalização aos passageiros, reforço no quadro de AAS (Agentes de Atendimento e Segurança) e adoção de estratégias de fluxo de pessoas para garantir mais conforto e segurança nas viagens, sem detalhar como serão essas ações. A ViaMobilidade não comentou os atrasos e falhas no primeiro dia do festival.

Para os passageiros, a ViaMobilidade recomenda comprar bilhetes antecipados, seja na modalidade expressa, semi-expressa ou a regular. Ainda é possível comprá-los para os três últimos dias do festival, porém alguns horários já estão esgotados.

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Já a assessoria do The Town afirma que trabalha para buscar a maior oferta de transporte para todos que irão visitar a Cidade da Música. Diz ainda que segue minimizando os transtornos aos moradores do entorno do Autódromo, bem como para o trânsito da cidade em geral.

“Milhares de pessoas saíram ao mesmo tempo da Cidade da Música depois do último concerto do palco Skyline e a operação transcorreu com tranquilidade e segurança nos dois primeiros dias do Festival”, diz Roberta Medina.

O público total estimado em cada dia do The Town é de 100 mil pessoas.

Filas para comprar comida e bebidas dentro do festival

Outra reclamação recorrente nos primeiros dias - e, na verdade, isso é algo frequente em muitos festivais - se refere às longas filas nas lanchonetes e bares disponibilizados para o público. Ninguém quer perder o início do show preferido tentando comprar ou pagar algo.

O The Town diz que pratica venda antecipada de chope pelo aplicativo para retirada diretamente nos bares e beer point, além do uso exclusivo de pagamentos eletrônicos - cartões de débito, crédito ou cartão pré-pago.

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“O festival tem uma atenção especial para a experiência e o conforto do público”, diz Roberta.

  • Dica do The Town: procurar por bares e lanchonetes em áreas como Market Square (espaço gastronômico) e New Dance Order (dedica à música eletrônica) que costumam ficar menos cheias (isso, às vezes, implica em andar bastante).

Áreas alagadas pela chuva

O cantor Post Malone se apresenta no Palco Skyline debaixo de muita chuva Foto: Taba Benedicto/Estadão

No primeiro dia do festival, a chuva intensa que caiu em São Paulo alagou alguns pontos da Cidade da Música. A organização do festival disse ao Estadão que o evento estava preparado para o tempo chuvoso e que investiu na infraestrutura do Autódromo.

“Por ser um parque com terra, é natural a formação de lama em alguns pontos. Entretanto, o terreno tem uma vantagem que é a pista de asfalto do Autódromo”, explica Roberta.

  • Dica do The Town: em caso de temporais, concentre-se nas áreas asfaltadas.

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Acessibilidade para PCD

O The Town anunciou atenção especial a Pessoa com Deficiência (PCD) com plataformas e espaços exclusivos nos principais palcos, vans que saem do shopping SPMarket, rotas exclusivas de circulação e o empréstimo de cadeiras de rodas, assim como o kit livre – um equipamento elétrico que torna as cadeiras de rodas motorizadas.

Entretanto, pelo menos dois relatos postados em redes sociais indicam dificuldade para conseguir acessar essas áreas.

  • Dica do The Town: O aplicativo do festival tem uma área exclusivamente dedicada à acessibilidade. Nela, os usuários podem solicitar ajuda à equipe de apoio do festival para quaisquer eventualidades que ocorrerem dentro da Cidade do Rock, como um pneu da cadeira de rodas furado e auxílio a deficientes visuais.
Roberta Medina em 2022 Foto: MARCOS DE PAULA/ESTADÃO
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