PUBLICIDADE

Remixes de Samba pra Burro

Otto lança CD com 29 faixas retrabalhando músicas de seu álbum de estréia, reunindo os principais DJs da cena paulista. Disco de inéditas deve sair em maio de 2001

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Quando lançou Samba pra Burro, em 1998, Otto mostrou que há muitas maneiras de misturar ritmos regionais brasileiros e música eletrônica. Para consolidar esse rumo, o músico pernambucano, ex-percussionista do Mundo Livre S.A, lança uma segunda versão de seu disco de estréia. Changez Tout - Samba pra Burro Dissecado (Trama), que chega esta semana às lojas, é duplo e sai com tiragem limitada de 5 mil exemplares. Destaque para o magnífico trabalho visual realizado por Ricardo Fernandes e Vavá Ribeiro, do núcleo de imagem da gravadora. Para fazê-lo, Otto não mexeu um dedo. São 29 remixes realizados pelos principais nomes da cena eletrônica paulistana. Segundo o compositor, a idéia de fazer o álbum surgiu depois de uma noite em que muito dançou na boate Lov.e. "Eu fui lá ver o DJ Marky, e ele me disse que queria remixar uma de minhas músicas. Falei para o Miranda (Carlos Eduardo Miranda, executivo da Trama) e ele topou", conta. Otto compara Samba pra Burro a uma mandala. Dele surgem diversos direcionamentos musicais que podem ser aproveitados. "Neste últimos dois anos ainda não vi nada parecido com o que fiz em Samba...", comenta. Eufórico com as novas tecnologias, Otto acredita que o disco tem duas funções. Uma é reunir os DJs em um único trabalho. A outra, presentear os fãs, as pessoas que realmente acompanham o seu trabalho. "Se tem uma coisa que eu gosto é de quem gosta de mim", brinca. Camisinha Preta - Otto já está com nove músicas prontas para gravar seu novo disco de inéditas. Diz não ter pressa. Quanto mais veloz o tempo cotidiano, menor o tempo de maturação intelectual para ele. Anda lendo muito Charles Bukowski, o que tem influenciado diretamente sua forma de pensar. O conceito por trás do novo título, aliás, surgiu da leitura dos escritos do maldito autor norte-americano. Vai se chamar Condom Black, um jogo de palavras com candomblé. O significado do termo, camisinha preta. "Será um disco mais raiz, onde passaremos pelo eletrônico", explica. "Terá muita percussão. Será mais acústico e ao mesmo tempo mais eletrônico que o anterior", completa. Participação confirmada, apenas a de sua banda, a Jambro Band. Na percussão pretende contar com Pupilo, da Nação Zumbi, que também deve produzir o álbum, Mario Mathias e James Miller. "Se tudo der certo, o Naná Vasconcelos pode participar". Otto está em contato com Naná porque foi convidado pelo mago percussionista a tocar na edição 2001 do Panorama Percussivo Nacional (Percpan). "Seria legal aproveitar para lançar o disco nesse evento", comenta. Condom Black deve sair em maio do ano que vem, também pela Trama. Da dissecação de Samba pra Burro participaram Bid, DJ Patife, Rica Amabis & Luca Arele, M4J, Superchocoboy, Max de Castro, Apollo 9, André Abunjamra, Edu K, Technozoide, Nude, Muchacho Alves e Garcia y Carvallo, no primeiro volume. No segundo, DJ Dolores, Mamelo Sound System, Ram Science, Kassim & Berna Ceppas, Camilo Rocha e DJ Yah!, João Marcello, DJ Nuts, Friendtronik, DJ Marky, Leon T. Jr. e DJ Spliff, Marcelinho, Edgar Scandurra, Flu, Autoload e Anvil X.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.