Opinião | Show com cara de ‘o melhor do rock nacional’ fecha o Dia Brasil no Rock in Rio

Apresentação contou com Capital Inicial, Toni Garrido, Pitty, Rogério Flausino, Detonautas e NX Zero e mostrou que rock nacional tem mais passado do que presente

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Foto do author Danilo Casaletti

Em um sábado tumultuado no Rock in Rio - houve atrasos em todos os shows por conta de um problema técnico no Palco Mundo antes da programação de Pra Sempre Trap começar e cancelamento da apresentação de Luan Santana -, o dia (madrugada) terminou com uma seleção de rock nacional no mesmo Palco Mundo.

Batizado de Pra Sempre Rock, o show começou com o Capital Inicial cantando Natasha. No dia que o ‘mundo Rock in Rio’ passou por turbulências, a sensação era a de que o refrão “o mundo vai acabar, ela só quer dançar’ soou como um bálsamo para quem estava à frente e atrás do palco.

A cantora Pitty se apresentou no Palco Mundo e relembrou sucessos de carreira Foto: Alexandre Woloch/Rock in Rio

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Dinho Ouro Preto, líder do Capital, com notável vontade de ficar mais um pouco em cena, ainda cantou Primeiros Erros e A Sua Maneira. Em seguida, passou o bastão para Toni Garrido que também agradou com sucessos do Cidade Negra.

Pitty foi a próxima. Única mulher no time dos roqueiros da noite, foi bem recebida ao lembrar Me Adora, Equalize e Na Sua Estante. A cantora lembrou que assistiu à primeira edição do festival, em 1985, em uma televisão na qual mal dava para ver os shows. Disse estar satisfeita que, após 40 anos, ainda há “um lugar onde as pessoas podem viver a música”.

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Rogério Flausino, sem o Jota Quest, e quase às 3h da manhã, também foi no certo: Dias Melhores, Do Seu Lado e a baladona Amor Maior.

O Detonautas de Tico Santa Cruz mostraram Quando o Sol Se For e Outro Lugar. NX Zero, a banda seguinte a subir ao palco, escolheu Só Rezo e Cedo ou Tarde, com homenagem a Chorão - mais cedo, Zeca Baleiro, no show Pra Sempre MPB, já havia lembrado do líder do Charlie Brown Jr. ao cantar sua versão de Proibida Pra Mim.

Pra Sempre Rock, até então, parecia aquelas antigas coletâneas que trazem os principais sucessos de uma gênero musical, embora nenhuma das apresentações tenha decepcionado ou não empolgado o público.

No entanto, tudo ficou ainda mais interessante quando Di Ferrero, líder do NX Zero, chamou Dinho Ouro Preto ao palco novamente para juntos entoarem Entre Razões e Emoções. No final, um tímido tributo a Cássia Eller com todo o elenco do show unindo vozes em Por Enquanto.

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Ainda há motivos para se orgulhar do BRock, embora ele tenha mais passado do que presente.

Opinião por Danilo Casaletti

Repórter de Cultura do Estadão

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