ANAHEIM - Os integrantes da banda Boyce Avenue estão no YouTube desde o início, e valeu a pena. Eles começaram em 2007 e, aos poucos, atraíram muitos seguidores com seu pop rock romântico. Com as mesmas técnicas de otimização de busca para a sua música usadas pelos websites, os irmãos de Sarasota, Flórida, conseguiram agora cerca de 2 bilhões de visitas no YouTube, uma rede social em grande crescimento (cerca de 3 milhões pelo Facebook) na qual vendem ingressos de shows, faixas de músicas e produtos para legiões de fãs.
Para saber mais, encontramos com o grupo – formado por Alejandro, Daniel e Fabian Manzano –, no recente show NAMM, na cidade de Anaheim, onde falamos ao vivo pelo #TalkingTech da cabine da Taylor Guitars.
Hoje, os três irmãos são a banda americana mais seguida no YouTube, com 6,6 milhões de assinantes. Mais do que a Maroon 5 (5,7 milhões), Linkin Park (4,6 milhões) ou Coldplay (3,1 milhões), e, se quiserem outra avaliação sem a banda, mais até que Ariana Grande (5,8 milhões), Lady Gaga (5,5 milhões) ou Selena Gomez (5,4 milhões). Seu objetivo era criar uma audiência no YouTube como “negócio”, diz Alejandro.
“Nossa ideia era produzir três vídeos por mês, e é o que estamos fazendo desde então.” Além disso, trabalharam para se tornarem eles próprios objeto de busca, gravando versões cover de outras músicas.
“Ninguém vai procurar uma música que não conhece”, comenta ainda. O grupo fez cover de músicas de James Taylor, John Legend, Justin Timberlake, Bruno Mars e Tracy Chapman, e as gravaram à sua maneira, com som acústico. Na sequência, seus covers se tornaram tão populares (o cover de Legend para All of Me tem 17 milhões de visitas; Mirror, de Timberlake tem 67 milhões) que muita gente começou a fazer covers dos covers dos Boyce.
E, agora, há quem faça covers de suas músicas também. Muitos jovens seguidores do YouTube oferecem versões de composições dos Boyce Avenue e vídeos com instruções sobre como tocá-las no violão.
Com ajuda do YouTube, a banda realizou um sonho – uma gravadora, a Republic, de propriedade da Universal, os contratou, mas durou pouco. A banda começou a se sentir infeliz: burocracia demais.
“Foi uma parceria horrível”, diz Fabian. “Foi um dia muito feliz para nós quando deixamos o selo. Foi como renascer.” Agora, “entregamos a música diretamente aos fãs”. Somente em 2014, a Nielsen Sounds registrou vendas de nada menos que 2,9 milhões de faixas, 196 mil álbuns e 57,5 milhões de streams.
O grupo já tocou para mais de 400 mil pessoas em 20 países, como EUA, Canadá, Austrália, Ásia, Brasil, Europa, Grã-Bretanha e Dubai. Atualmente, eles realizam uma grande turnê pela Ásia. Na quinta-feira, 12, fizeram show na Malásia e há apresentações previstas para as Filipinas e Cingapura. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA
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