A venda de ingressos para os shows da Taylor Swift no Brasil começou nesta segunda-feira, 12. Além dos cambistas na bilheteria do Allianz Parque, que chegaram até a fazer ameaça de morte contra fãs nas filas, os cambistas digitais também estão vendendo ingressos em sites paralelos por mais de R$ 5 mil.
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Nesta manhã, o site Viagogo disponibilizou ingressos para pista em São Paulo pelo preço de R$ 4.225. Setores como cadeira superior e cadeira inferior na capital paulista estavam sendo vendidos, respectivamente, pelos valores de R$ 4.370 e R$ 5175. O Estadão fez uma reportagem sobre golpes em venda de ingressos para shows. Veja dicas de como se proteger aqui.
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No Rio de Janeiro, os preços variam entre R$ 1.600 até R$ 3.000. Os preços são maiores do que aqueles dos pontos oficiais de venda de ingressos. No Rio, os ingressos vão de R$ 480 a R$ 950. Já em São Paulo, eles variam de R$ 380 a R$ 1.050.
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O preço do site paralelo é superior ao ingresso mais caro da turnê, vendido nos pontos oficiais. O ticket VIP dá direito a benefícios como entrada prioritária e itens colecionáveis e comemorativos da turnê. Na capital paulista, a categoria vai de R$ 1.250 até R$ 2.250. Na carioca, de R$ 1.250 a R$ 1.500. Os preços variam conforme o setor em que o ingresso dará acesso.
Essa prática é ilegal. Segundo o advogado especialista em Direito Digital, Márcio Chaves, o ato é um crime contra a economia popular. “O site em si é uma plataforma de intermediação de venda de ingressos. Quem pratica o ato ilegal e que pode ser enquadrado como crime contra a economia popular é o cambista que comprou no oficial e está vendendo nesse outro com lucro absurdo”, explica.
“Esses cambistas inclusive usam robôs para comprar os ingressos em grandes volumes, esgotando as bilheterias oficiais em segundos”, afirma o advogado. Nas redes sociais, fãs que estavam próximas do início da fila, como o 300º lugar, não conseguiram comprá-los, pois foram esgotados antes mesmo de sua vez chegar.
Marcio reitera que, com o Marco Civil da Internet, a plataforma só pode ser responsabilizada se tiver ordem judicial específica para o conteúdo ilegal a ser removido.
O Estadão entrou em contato com o site Viagogo para um pronunciamento, mas não obteve retorno até o momento. O espaço segue aberto.