The Town não terá acesso para pessoas que forem de carro; entenda como será o festival

Rede de trem e metrô vai funcionar 24 horas nos dias do evento; carros serão barrados em bloqueios

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Foto do author Julio Maria
Atualização:

Os organizadores do festival The Town, que será entre os dias 2 e 10 de setembro, receberam a imprensa no Autódromo de Interlagos na manhã desta quinta, 10, para revelar detalhes da primeira edição desta espécie de Rock in Rio em São Paulo.

O criador do festival, Roberto Medina, recebeu também o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o prefeito Ricardo Nunes. A aproximação do empresário com o poder público é visível desde o início, por causa dos impactos econômicos e de infraestrutura provocados pelo evento.

Roberta Medina, filha do empresário e diretora do festival, afirmou que não haverá como as pessoas irem de carro ou outros transportes individuais. “Vão parar nos bloqueios”. Serão 8 minutos de caminhada desde a estação de trem mais próxima do Autódromo de Interlagos até o local dos shows. “Esqueçam a ideia de vir de táxi ou aplicativos. Se quiser ser feliz, venha de transporte público”, reforçou Roberta.

O empresário Roberto Medina entre o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e o governador, Tarcísio de Freitas, durante coletiva de imprensa do The Town Foto: Tiago Queiroz/Estadão

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“A rede toda de trem e metrô vai funcionar 24 horas nos dias de evento”, disse o governador Tarcísio de Freitas. “Esses bilhetes podem ser adquiridos já, pelo site da via Mobilidade.” Ao Estadão, Tarcísio reforçou: “Vai ser muito difícil chegar de carro. É melhor não vir.” Sobre a cultura do paulistano em usar carro para o festival Lollapalooza, ele afirmou que, desta vez, será diferente. “Vai haver muitos bloqueios”.

Tarcísio falou que esteve em seis noites do Rock in Rio na edição de 1991. Agradeceu as parcerias e até se emocionou, dando detalhes dos dias em que assistiu aos shows de 91.

Infraestrutura maior que o Lollapalooza

Bruno Mars será uma das atrações do The Town Foto: Mario Anzuoni/Reuters

“Com todo respeito às plateias do mundo, as do Brasil são muito melhor”, disse Medina, comparando com edições do Rock in Rio feitas em outros países. “Procuramos pegar com o The Town o espírito de São Paulo. Estou feliz com tudo. O que foi feito aqui na prática superou o desenho, é a primeira vez que isso acontece.”

Roberta Medina fez as apresentações e falou sobre o investimento do festival. Serão ao todo seis palcos temáticos. The One será inspirado por obras de arte feitas por artistas de São Paulo. O Factory vai trazer nomes ligados à cultura urbana, a São Paulo Square quer valorizar o jazz que pulsa na cidade e o New Order Dance vai trazer nomes da música eletrônica.

A abertura será com Ney Matogrosso, no dia 2, nome que abriu o Rock in Rio de 1985. A ideia de parque de diversões será trazida do conceito Rock in Rio, com tirolesa, montanha russa e roda gigante. Roberta afirmou que Interlagos será um dos espaços com infraestrutura para shows mais seguros e confortáveis do mundo.

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Da área do camarote, montado em um lugar bastante alto, era possível ver a montagem dos palcos em um imenso canteiro de obras, com caminhões, guindastes e homens trabalhando.

Uma área de 30 mil metros quadrados, antes não usada pelo festival Lollapalooza foi incorporada pelo The Town. Será então um espaço bem maior do que o usado pelo outro festival.

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