Jorge Aragão, que vem passando pelo tratamento contra um câncer no sistema linfático desde o último mês de julho, deu uma entrevista ao Fantástico deste domingo, 13, falando sobre os impactos da doença em sua vida.
Após retornar aos palcos em uma apresentação em Madureira, no Rio de Janeiro, exaltou o apoio do público: “A gritaria que eu ouvia, a entergia que subia, o pessoal ficou muito tempo gritando, numa cama de orações e energias boas, muito forte pra mim. Me fez caminhar até a frente do palco. Ali eu não aguentei [e chorei]... Eu tô vivo!”
“Já fiz a 2.ª [sessão de] quimioterapia. Quando entro numa máquina dessas, de ficar mais de uma hora fazendo exame, só a música que me abraça, me envolve. Toda mudança física que estou tendo e vou ter, cabelo caindo, a barba...Não sei quem é o Jorge sem barba!”, disse.
Na sequência, veio um momento emocionante: tirou o gorro que estava usando e mostrou a cabeça raspada. Diante do choro de Jorge Aragão, a repórter questiona se tudo bem seguir a entrevista. “Faz bem [a emoção]. Esse sou eu. É um renascimento”, respondeu.
Por fim, o cantor agradeceu ao apoio da família, em especial de sua mulher e suas filhas. Também se disse agradecido e fortalecido: “vou continuar batalhando para viver, para compor”.
Ao Fantástico, Jorge Aragão também cantou um trecho de uma nova música, ainda em composição: “Tô de cara com esse amor/Surreal, devastador/Na real, passei por nada igual, nem perto/Digamos que eu venha a sofrer/Faz parte, quero nem saber/Não sei se dá pra perceber/Tô tão feliz, chega a doer”.
Qual é o tipo de câncer de Jorge Aragão
O linfoma não Hodgkin é um câncer no sangue, mas, diferentemente da leucemia, que atinge a medula óssea, esse tipo de doença afeta os vasos e gânglios do sistema linfático, que é responsável pela defesa do corpo humano. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), existem mais de 20 tipos de linfomas não Hodgkin, com diferentes níveis de gravidade.
De acordo com o Inca, o tratamento depende do tipo de linfoma não Hodgkin, mas os tipos mais indicados são a quimioterapia, a imunoterapia e a radioterapia.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.