Musa de muito fã de quadrinhos, Mary Jane, mulher do Homem-Aranha, teve parte de seu corpo censurada na reedição de Ultimate Spider-Man, n.º 100, lançada nesta semana nos Estados Unidos. A versão original da revista mostrava a personagem praticamente nua numa cena doméstica. Em primeiro plano, a capa mostra o arguto Homem-Aranha dizendo "posso ser um perdedor, mas fico com a supermodelo no final". Na versão censurada, o artista Frank Cho, conhecido pelo cuidado em retratar a anatomia feminina, cobriu Mary Jane com uma toalha. Este tipo de alteração não é novidade. O mesmo desenhista foi obrigado a cobrir as partes íntimas da personagem Shanna em edições recentes. Em junho deste ano, pela editora DC, Michael Turner também redesenhou os seios da personagem Power Girl, então, maiores do que a cabeça da heroína. Entre os heróis, causou polêmica a capa de Justice Society of America n.º 7, que feita por Alex Ross, mostrava o herói Citzen Steel em tenacidade "protuberante". Divulgado antes da publicação da revista, o desenho também foi redimensionado. Embora exagero faça parte da indústria dos quadrinhos, eventualmente as editoras esbarram em temas relacionados a sexo ou erotismo. Nos Estados Unidos, os conteúdos adultos tendem a ser suprimidos ou separados em linhas editoriais distintas, caso das revistas da Marvel Max ou Vertigo (selos adultos da Marvel e da DC Comics, respectivamente). O que chama atenção é que a sexualidade tem ocupado as capas das HQ de grande consumo com freqüência cada vez maior, ao menos no que se refere ao seu aspecto visual.