Osmar Terra diz que revogou exonerações na Funarte a pedido de Roberto Alvim

Segundo ministro da Cidadania, diretor da Funarte recuou da decisão

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Por Julio Cesar Lima
Atualização:

CURITIBA - A falta de pessoas preparadas para a montagem de uma equipe e para assumir cargos de confiança na Funarte fez com que o diretor de Artes Cênicas da fundação, Roberto Alvim, recuasse e pedisse a volta aos cargos de 19 servidores. A reviravolta, que culminou com a revogação da portaria que tirava os servidores dos cargos, foi comentada pelo ministro da Cidadania, Osmar Terra, durante a abertura da 4ª Reunião de Ministros da Cultura do BRICS, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, Paraná.

“Ele não tinha a equipe montada, me pediu para voltar atrás, que depois ele vai me indicar, foi isso. Está na fase de montagem (da equipe), tinha se queixado que não tinha ninguém, ele mesmo pediu para voltar atrás até ter a equipe, ter os nomes, então voltamos atrás”, afirmou.

O ministro da Cidadania, Osmar Terra, participou de encontro de Ministros da Cultura do BRICs, em Curitiba Foto: Geraldo Bubniak/AEN

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Terra também negou que o setor esteja afastando servidores ou pessoas ligadas a partidos de esquerda.

“Cada governo tem suas propostas, nosso governo tem propostas diferentes do governo da Dilma, do governo do Lula, muita gente está em cargo de confiança que é do tempo da Dilma. Nós temos todo o direito de trocar, qual o problema? Como ela trocou, Lula trocou os cargos que eram do Fernando Henrique. Todo governo tem que ter sua equipe de confiança, em qualquer área, até hoje eu não entendi qual a preocupação da imprensa com isso. Acho uma coisa tão natural, eu tenho 40 anos de vida pública, todos os governos que acompanhei agiram assim, trocam as pessoas”, analisou.

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O ministro também afirmou que essas mudanças na área não irão interferir no andamento dos projetos que estão sendo analisados.

“Trocar cargos de confiança não atrapalha os projetos, se o diretor tem projetos novos ele vai poder contar com a equipe que definir”, concluiu ressaltando que eles “não foram exonerados das suas funções de servidores, são cargos de confiança”.

Questionado sobre as conversas vazadas pelo deputado federal Alexandre Frota, às quais o presidente Jair Bolsonaro critica Terra, o ministro disse lamentar a postura do deputado.

“Uma deselegância extrema grampear seu presidente, que naquele momento era seu grande aliado. E ele se dizia um grande aliado do presidente, para depois pressionar, fazer algum tipo de constrangimento. Então estava mal-intencionado desde o início, era uma coisa que eu jamais faria, acho que as pessoas que prezam a política não fariam isso. E o que tem de conteúdo gravada na fala não tem importância nenhuma”, criticou.

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Segundo o ministro, Frota queria nomear todos os cargos ligados à cultura. “Naquele momento, o deputado queria nomear todos os cargos de confiança da Secretaria Especial de Cultura e eu estava dizendo pra ele que não podia ser assim”, concluiu.

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