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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

A voz brasileira do novo Homem-Aranha

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Por Rodrigo Fonseca
Wirley Contaifer dubla Peter Parker na saga de Jon Watts, que bomba nas telas do Brasil, com cerca de 10 milhões de pagantes - a foto a seguir foi tirada de seu Twitter Foto: Estadão

RODRIGO FONSECA Em meio a um debate sobre um possível regresso de Hugh Jackman como Wolverine, na nova safra da série Disney + "WandaVision", ou sobre a potencial escalação de Karl Urban para viver o carcaju, especula-se, nas rodas de análise de mercado audiovisual, a hipótese de um regresso de Logan às telonas faturar mais (ou tanto quanto) o doce "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" tem faturado. Só no último dia útil de 2021, o longa-metragem de Jon Watts arrecadou US$ 20 milhões só nos EUA. Sua bilheteria global beira US$ 1,2 bilhão, o que faz do filme o maior fenômeno comercial desde a pandemia. No Brasil, seus números beiram 10 milhões de ingressos vendidos. Assim sendo, não há outra forma de o P de Pop abrir seus trabalho em 2022 se não com uma comemoração dos feitos de Watts e com um "Obrigado!" a um forte componente do êxito do longa no país: o excepcional dublador de Tom Holland, o atual Peter Parker, no país, o ator Wirley Contaifer. "O maior desafio de dublar o Tom Holland neste filme - sempre há um novo desafio para fazer check-in - foi justamente reunir tudo o que me fazia sobrevivente, feito o próprio Peter Parker e deixar, em reprise, mais coração do que voz nesse volume de redenção", diz Wirley.

Nascido há três décadas na Baixada Fluminense, onde ainda reside, Wirley é, hoje, uma garantia de renovação de talentos na dublagem nacional, dono de um estilo particularíssimo de atuar. Ele sabe, como poucos, dar modulação à sua projeção vocal, reduzindo os graves, domando os agudos, costurando sua projeção com uma reflexão crítica de seus diálogos. "Eu não demorei para entender que havia uma régua, em medição imaginária, do início ao fim, de 'Sem volta para casa', medindo a migração de um 'pirralho' para um Homem-Aranha, algo há muito aguardado. Definitivamente, eu atravessei uma experiência multiversal em que, mais do que um 'Homem-Aranha' no plural, eu encontrei a mim mesmo em todos os tempos de mim", diz o dublador.

 Foto: Estadão

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Na jovem guarda de seu ramo, ele é um sinônimo de excelência, que trabalha com a sabedoria de saber deixar se impressionar com a forma de atuar de seus "bonecos", ou seja, os astros que habitualmente dubla. "Eu acho que esse filme representa justamente a evidência em quadro a quadro de que você precisa se curar depois de se ferir. É a mais singular coexistência de 'dor' e 'amor'. É um processo que não demanda escolha, mas estabelece a condição da própria vida", diz Wirley. "O 'Sem volta para casa' não é só um autoproclamado título sem regressos, nem visitas ao que passou, mas uma unidade forte que, antes de fixar mais um volume à linha do tempo do Homem-Aranha, fala sobre o que é ser e estar vivo, principalmente nessa pandemia em curso, e sobre sobreviver". Há duas outras versões de Peter Parker em "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa". Tem Andrew Garfield, na dublagem fina de Sérgio Cantú, e tem Tobey Maguire dublado pelo genial Manolo Rey. Como abrimos este post falando de Wolvie, confere o n.29 da HQ dos X-Men, já nas bancas, na qual Logan encara Maverick, seu parceiro de Arma X.

p.s.: Às 15h15 deste sábado, a Globo exibe o delicioso "O Pequeno Stuart Little" (1999), com Rodrigo Santoro a dublar o ratinho serelepe do título e Miguel Falabella a emprestar a voz ao gato Snowbell.

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