"Meus filmes buscam propor alguma forma de observação do tempo, a fim de pode construir um canteiro de humanidades muito distintas, que busca um equilíbrio e uma interação num contexto onde todas as pessoas são definidas por códigos ultrapassados de normalidade", disse Virzì ao P de Pop.
Não se sabe ao certo como o júri vai se comportar acerca do brilhante "J'Accuse", de Roman Polanski, dada a antipatia que cerca o artesão franco-polonês por conta da acusação de abuso de menor em torno do nome dele. Já se ouviu chiadeira de Lucrecia. Mas Virzì já mostrou não ter subserviência ao passado. Pelo menos não ao de sua pátria. "Tenho profundo respeito pelo legado de Rossellini, Antonioni e os demais mestres da Itália. Mas admiração não deve ser um claustro, uma trama. Houve o neorrealismo, e ele é grande. Mas há outros movimentos, há outras Itálias", disse Virzì num papo com o Estadão de 2016. "Há que se aprender com os grandes, não que se prender a eles".
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