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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

Saraceni ilumina o MAM com 'Natal da Portela'

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Por Rodrigo Fonseca
 Foto: Estadão

RODRIGO FONSECA Gigante do Cinema Novo, lembrado por cults como "O Desafio" (1965) e "A Casa Assassinada" (1970), o diretor carioca Paulo Cezar Saraceni (1933-2012) terá sua obra reverenciada esta tarde, no Rio de Janeiro, numa projeção de "Natal da Portela" (1988) na Cinemateca do Museu de Arte Moderna (MAM), neste domingo, às 16h. A produção representou o Brasil em Cannes, na Quinzena dos Realizadores. Sete anos antes, o diretor encantou a imprensa europeia com "Ao Sul Do Meu Corpo" (1981), baseado no conto "Duas Vezes Com Helena", escrito pelo crítico Paulo Emílio Sales Gomes (1916-1977), no livro "Três Mulheres de Três Pppês". Ele ainda estivera na Croisette, em 1969, com "Capitu". A sessão de "Natal da Portela" no MAM integra o ciclo Modernismo Carioca, criado com a proposta de refletir sobre o papel do samba como manifestação revolucionária na cultura brasileira. Amparado numa atuação memorável de Milton Gonçalves, que morreu este ano, no dia 30 de maio, "Natal da Portela" (1988) é a (tocante) biografia de Natalino José do Nascimento (1905-1975), maquinista de trem que perdeu um braço em um acidente de trabalho e, anos depois, virou um dos maiores banqueiros do jogo do bicho do Rio de Janeiro. Batizado de "Rei de Madureira", foi o patrono da Escola de Samba Portela. O sambista Almir Guineto (1946-2017) faz uma participação no elenco. "Só na liberdade é possível fazer um cinema diferente", dizia Saraceni.

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