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Com um line-up caprichado, o Lollapalooza teve acertos, mas chuvas limaram a experiência do festival

Mesmo com acidentes e trapalhadas da organização, o festival foi bonito e serviu como um alento para a volta da vida ao normal após a pandemia

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Por Redação
Atualização:

Patrick Freitas, Especial para o Estadão

Tanto tempo após a paralisação dos eventos culturais no Brasil, a volta do Lollapalooza trouxe de volta um ar de normalidade, apesar de tal ar ter vindo junto de uma previsão do tempo péssima, com chuvas e raios que conseguiram de certa forma, limar com um pouco do clima - com o perdão do trocadilho - entre o público que estava no festival.

Público durante o show do cantor Jão. Foto: Taba Benedicto

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Na sexta-feira, 25, uma forte tempestade parou o show que a banda The Wombats fazia no Palco Onix. Apesar de rápida, tendo durado aproximadamente 20 minutos, ela foi forte o suficiente para derrubar uma estrutura no estande da Chevrolet, onde pessoas procuravam se abrigar. Uma pessoa ficou ferida na queda e foi levada de ambulância ao hospital. O estande foi isolado em parte, como a reportagem do Estadão conferiu no local. 

Já no domingo, 27, todo o festival parou por causa do risco de raios. Não chovia no momento, mas durante o show da banda Aliados, a organização resolveu interromper a apresentação e pediu para todos os presentes, em todo o festival, saíssem de perto de todas as estruturas metálicas e áreas com grama - uma parte considerável de todo o espaço. Então as pessoas tiveram que ficar nas partes de pista do autódromo até os bombeiros começarem a tentar fazer uma evacuação pelas saídas de emergência. Até que houve a liberação de retorno aos palcos, e logo depois, as filas para a entrada no autódromo também voltaram a andar.

Outro ponto de atenção foi a localização dos palcos. A caminhada entre o Palco Perry's e o Adidas ou Onix era longo e com muitas curvas e morros, pois se deveria desviar de muitas barracas que estavam espalhadas, sem um caminho mais rápido e direto para tal. E com as chuvas, grandes lamaçais se formaram nesse caminho, dificultando ainda mais a peregrinação entre os palcos. 

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Mas tirando essa grande parte, momentos icônicos aconteceram neste Lollapalooza. Como Miley Cyrus convidando Anitta para cantar Boys Don't Cry, Alessia Cara dando um fora por telefone em português, além de cantar Djavan e João Gilberto, Jão arrebatando o público com um coral na música Idiota, Clarice Falcão falando sobre sua dor de barriga de nervosismo pela estreia no festival, Fresno convidando Lulu Santos para cantar Toda Forma de Amor e A$AP Rocky distribuindo água para a platéia encostada na grade. 

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Além disso tudo, muitas, muitas homenagens ao baterista da banda Foo Fighters, Taylor Hopkins, que faleceu 2 dias antes de vir ao Brasil. Miley Cyrus chorou e levou a plateia às lágrimas durante sua homenagem. E o festival também organizou o seu próprio momento, durante o horário que seria a apresentação da banda de rock. Emicida conduziu de forma magistral a homenagem feita às pressas, que contou com nomes de peso do hip-hop nacional, indo de Criolo até Mano Brown, em uma ode ao movimento vindo da zona sul de São Paulo. Planet Hemp fez o seu melhor levando a plateia morna por causa da comoção indo à loucura com o rock que todos que estavam por ali esperavam. 

Fora da vara do festival, o TSE atendeu um pedido feito pelo Partido Liberal proibindo manifestações políticas por causa das eleições de 2022. A ação se deu por causa da cantora Pabllo Vittar ter carregado uma bandeira com a imagem do ex-presidente Lula em meio a plateia e ter feito um 'L' com os dedos. 

No geral, o festival foi bom na escolha dos artistas para a montagem do line-up, mas pecou na estrutura e principalmente na data com a previsão do tempo ruim, que precisa ser revista para o ano que vem, afinal, capas de chuva deveriam ser um item para ser usados em emergências, e não para compor um look, como foi visto esse ano.

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