Rodrigo Santoro vai voltar às telas. Agora em uma trama de suspense sobrenatural, mas em um cenário bem adolescente. Ele estrela Wolf Pack, nova série da Paramount+ que estreia em 27 de janeiro.
A história é um spin off de Teen Wolf, produção que também conversa mais com o público mais jovem. Não por isso Santoro dedica-se menos. Em cena divulgada pelo estúdio, mostra que traz potência e maturidade ao papel: o pai de dois jovens que encaram o sobre-humano.
Nesta entrevista ao Estadão, ele entrega curiosidades, reflete sobre a vida, o momento da carreira, a idade e conta com qual ator gostaria de repetir dobradinha - se pudesse - e com quais diretores toparia voltar a trabalhar no Brasil. Assista à entrevista e leia a íntegra abaixo.
Bate bola, jogo rápido: o que você diria para o seu ‘eu’ de 20 anos?
Paciência.
E para o de 70 anos?
Vai continuar sendo muito bom.
Uma música que você não para de ouvir?
Minha filha cantando.
Que fofo! O que ela canta?
Ela cria as próprias canções. Ela canta!
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Uma série que você está vendo agora?
Como chama? A do ‘O Poderoso Chefão’? ‘The Offer’!
Seu filme preferido da vida?
Ah, essas coisas não existem! Tem alguns. Tem uma lista de coisas. É difícil. Eu vou te dar ‘Persona’ do [Ingmar] Bergman [’Quando duas mulheres pecam’, no Brasil], eu vou falar ‘O Poderoso Chefão’, ‘Oito e meio’... Tem muitos, tem filmes brasileiros incríveis. ‘Cidade de Deus’, ‘Central do Brasil’, ‘Som ao redor’. O problema de listas é que você sempre deixa de fora um monte de coisas maravilhosas, então eu nunca dou listas. São vários.
O pior é que vem outra lista aí: um papel super importante na sua vida? Talvez um divisor de águas.
‘Bicho de sete cabeças’! Vou pelo divisor de águas: ‘Bicho de sete cabeças’ sem dúvidas para mim foi um divisor de águas.
Alguém com quem você trabalharia novamente?
Nossa, tem alguns também. Foram tantas boas experiências. Se a gente puder reviver, o Paulo Autran. O Paulo é muito icônico para mim e também foi um dos divisores de águas, porque a gente fez ‘Hilda Furacão’. Eu adoraria que eu pudesse trabalhar com ele de novo agora que eu estou mais maduro. Seria incrível reencontrá-lo.
Com qual diretor você toparia no ato fazer um novo projeto no Brasil?
Laís Bodanzky, de ‘Bicho de sete cabeças’, [me traz] grandes memórias. Mas também com Walter Salles, Fernando Meirelles. E tem outros que eu nunca trabalhei, mas que eu adoraria trabalhar: Kleber Mendonça [Filho], Gabriel Mascaro e outros novos que estão aparecendo por aí.
O que você mais gostou de fazer em ‘Wolf Pack’?
A convivência no set. Eu nunca tinha trabalhado com tantos jovens assim e foi revigorante. Foi uma experiência muito interessante para mim. Não deixei de estar concentrado, porém mais descontraído.
Um recado para os seus fãs?
Vale a pena conferir ‘Wolf Pack’. É uma história que vai além do gênero. Que pode emocionar, envolver, surpreender, E fala de questões ambientais, que é algo que é muito importante para mim. É uma das razões que eu adorei a personagem logo de cara, que é um protetor do meio-ambiente, uma espécie de guardião da floresta. Na verdade ela é uma série de gênero, temos lobisomem e lobimulheres, porém, no fundo, é sobre as consequências do rompimento e da separação que o homem fez da natureza. A criatura sobrenatural da qual o Garret, meu personagem, tem que defender os filhos é fruto dos nossos erros ambientais. Isso realmente me interessou nessa história.
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