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Com atrizes indígenas, especial Falas da Terra ressalta lutas dos povos originários

Episódio Pintadas integra a antologia Histórias Impossíveis, que vai ao ar na Globo após o BBB23

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Atração desta segunda-feira, 17, após o BBB23, na Globo, episódio Pintadas da série Falas da Terra aborda temas como preservação do meio ambiente, violência contra a mulher e ancestralidade, e outros referentes aos povos originários. Protagonizado por atrizes indígenas - Ellie Makuxi e Dandara Queiroz, do povo makuxi, e Isabela Santana, dos pataxós.

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Segundo episódio da antologia Histórias Impossíveis ressalta a questão indígena na semana que tem os povos originários como destaque. Na trama desta noite, Luara (Ellie Makuxi), Josy (Dandara Queiroz) e Michele (Isabela Santana) se encontram no Mato Grosso do Sul para gravação de um clipe de rap na floresta. Será um momento de impacto paras as jovens, que se verão diante de uma natureza destruída, o que fará com empreendam um mergulho na ancestralidade de seus povos.

 

Ellie Makuxi, Isabela Santana e Dandara Queiroz em cena do episódio Pintadas/ Foto Manoella Mello/ Globo  

 

Cada garota enfrentará a situação de acordo com sua visão de mundo e história pessoal. Luara está de volta à sua terra com a melhor amiga da faculdade, Michele, depois de passar anos fora, estudando. O retorno visa apoiar a parente rapper, Josy, com seu trabalho na música. Mas, ao chegar ao local da gravação, que remete à memória afetiva de Josy e Luara, as jovens se deparam com a degradação da natureza. Frente a um cenário destruído, elas precisam encontrar uma nova solução para a filmagem, mas, no caminho, acabam por enfrentar desafios que as levam a encontros e desencontros com seus próprios medos, identidades e histórias.

"Os povos indígenas existem, e a gente tem voz", exalta Ellie, no material de divulgação oficial. "Eu espero que o nosso episódio traga essa amplitude. A gente existe e resiste. E eu me sinto muito feliz por poder ser referência para outras meninas e representar o meu povo, que os meus traços também estejam presentes na televisão e várias garotinhas possam me assistir."

Para Dandara, o tema proposto é oportuno e necessário neste momento, principalmente. "Além da curiosidade que vai te prender para ver, são novas perspectivas, linguagem, que têm a ver com a inovação. Me senti como quando a gente senta em volta da fogueira e escuta o cacique contar as histórias, os contos, estamos escutando e aprendendo, desenvolvendo nosso autoconhecimento e tendo acesso a uma sabedoria grande."

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Isabela referenda as colegas: "A gente tem mais de 300 povos no Brasil, mais de 250 línguas, e cada indivíduo dentro do povo possui uma história e uma personalidade diferente. Tudo isso compõe essa etnogêneses da identidade. É uma oportunidade de mostrar que somos humanos: temos sonhos, amamos, choramos, dançamos, criamos, rimos. Avalio esse momento como uma oportunidade de transformar as nossas narrativas e de causar transformação".

A antologia Histórias Impossíveis traz histórias de suspense, que colocam medos femininos em destaque. Criada e escrita por Renata Martins, Grace Passô e Jaqueline Souza, com direção artística de Luisa Lima, a obra se destaca também por essa diversidade em sua produção como um todo, não apenas na frente das câmeras. Integram o grupo, as diretoras Thereza de Medicis e Graciela Guarani, que estreiam assinando a direção de um projeto na TV.

Ao lado das autoras, estão as roteiristas Thais Fujinaga, Hela Santana e Renata Tupinambá, além de Graciela Guarani, para que os elementos e linguagem da cultura indígena (em especial a do povo Guarani-Kaiowá, que dá base para a história), estivessem devidamente representados.

 

 

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