‘A Casa do Dragão’: Emma D’Arcy enfrentou teste de seis horas para conseguir papel na série da HBO

Protagonistas do spin-off de ‘Game of Thrones’ falam ao Estadão sobre a responsabilidade e os desafios

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Por Mariane Morisawa
Atualização:

Conseguir um papel em um spin-off de uma das séries mais famosas e influentes de todos os tempos é um feito e tanto. Justamente por isso, o processo para escolher os atores de A Casa do Dragão, ou House of the Dragon, derivada de Game of Thrones (A Guerra dos Tronos), foi intenso. “Foi bem longo”, contou Emma D’Arcy, que interpreta Rhaenyra Targaryen, filha mais velha do rei Viserys (Paddy Considine) e a aspirante ao trono, em entrevista com a participação do Estadão. “Estávamos no meio da pandemia, e eu fiz vídeos durante meses. Culminou em um teste presencial que durou seis horas.”

Emma D'Arcy, que viverá Rhaenyra Targaryen, filha mais velha do rei Viserys (Paddy Considine) e aspirante ao tronode ferro na primeira temporada e 'A Casa do Dragão'. Foto: Hollie Adams / AFP

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Depois de tudo isso, D’Arcy ouviu que não ia rolar. No fim de semana seguinte, porém, veio o telefonema. O papel era seu. “Foi muito empolgante, mas o que senti mesmo foi alívio, porque depois de três meses fazendo testes e vídeos, você cria um espaço em sua vida para essa pessoa. Seu envolvimento já existe. Então eu não tinha preparo para que aquilo terminasse.”

Na hora em que recebeu o telefonema, porém, baixou a responsabilidade. “Claro que há pressão”, disse D’Arcy. “Temos consciência da cultura preexistente. Para nós, foi bem forte no início, quando conseguimos os papeis, e agora, quando está para ser lançada. Porque por 11 meses tivemos muita proteção, graças à covid. Ficamos isolados dessa pressão externa. Mas agora essa energia está fluindo.”

A sorte é que tanto D’Arcy quanto Olivia Cooke, que faz Alicent Hightower, melhor amiga de Rhaenyra na infância e hoje sua rival, acharam que as personagens ofereciam muito a explorar e tiveram um bom tempo de preparação. “Foram cerca de seis meses para tentar desvendar essas pessoas”, disse Cooke. “Nesse período, conversamos muito com o Miguel Sapochnik, nosso showrunner e cocriador, para escavar os porquês dos personagens.”

Olivia Cooke dá vida a Alicent Hightower, melhor amiga de Rhaenyra na infância e hoje sua rival, na primeira temporada de 'A Casa do Dragão'. Foto: Maja Smiejkowska/REUTERS

Nos quase onze meses de filmagem dos dez episódios, foram muitos os desafios, incluindo os protocolos de covid. Tecnicamente, era um trabalho complexo, já que existem nove dragões na primeira temporada de A Casa do Dragão em vez dos três de Game of Thrones. “É bastante limitante porque eles marcam o caminho dos dragões de antemão, e nós temos de nos encaixar nisso”, disse Cooke. “Os dias com dragões são longos.”

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A maior dificuldade mesmo, segundo Emma D’Arcy, foi manter o nível de energia. “Nunca tinha feito um trabalho longo assim, com uma narrativa tão exigente”, explicou. “Raramente havia um dia de filmagem apenas com uma cena de sair do carro. Os dias são longos, as exigências são altas.” Olivia Cooke concordou. “São sequências bombásticas, com ação e dragões, 50 personagens com nomes próprios, e dez páginas de duração”, explicou. “Levam duas semanas para filmar, e você precisa chorar o tempo todo. Foi uma maratona para a qual não sei se dá para treinar.”

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