A demanda por entretenimento é infinita, diz gerente-geral da HBO Max

A plataforma de streaming chega ao Brasil e a outros 38 países no dia 29 de junho

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Por Mariane Morisawa
Atualização:
Luis Durán, gerente geral da HBO Max na América Latina. Foto: HBO Max

A América Latina é a primeira região do mundo a receber a HBO Max depois dos Estados Unidos. A plataforma de streaming chega no dia 29 de junho, com produções originais e locais, filmes que acabaram de sair do cinema, futebol e conteúdo para toda a família das marcas Warner Bros., HBO, Max Originals, DC e Cartoon Network, entre outras. Logo depois do evento oficial de lançamento, na manhã desta quarta-feira, 26, o Estadão conversou com Luis Durán, gerente geral da HBO Max na região:

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Dá um pouco de nervoso chegar ao mercado com tantos serviços de streaming já estabelecidos?

Não. Nossa obsessão agora é estarmos prontos para o lançamento e termos uma proposta de valor muito significativa tanto no conteúdo que oferecemos quanto sermos uma plataforma que está funcionando sem problemas e proporciona uma grande experiência. Temos uma oferta que não diria ser superior, mas relevante e acessível para que as pessoas possam apreciá-la. A demanda por entretenimento é infinita. Todos querem ser entretidos. Acreditamos que há muito espaço para entrarmos e entretermos a América Latina.E se tivermos que fazer isso ao lado de alguns de nossos concorrentes, tudo bem, é a vida. E nós adoramos isso. Como consumidor, adoro.

Por que é importante ter conteúdo local? 

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Eu acho que os originais locais são uma oportunidade de trazer certos sabores para o serviço, mas também é uma grande chance de contar histórias locais de uma forma universal. E acho que o Johannes Larcher (presidente da HBO Max Internacional) mencionou no evento que até o final do ano estaremos em 60 mercados. Acho que cada produção que entregamos no Brasil, ou no México, será observada em todos os lugares do mundo. E essa é uma grande oportunidade para contar nossas histórias da América Latina em outros lugares. Morando em Dubai, dois anos atrás, fui trabalhar na Arábia Saudita por alguns dias e vi que todo o mundo lá estava assistindo La Casa de Papel, uma produção espanhola. Vivemos em um novo mundo em que nem tudo é Hollywood. Temos uma grande oportunidade de contar nossas histórias para o mundo. 

Tendo esse guarda-chuva maior, espera produzir uma gama mais ampla de tipos de séries e filmes, desde as coisas mais ousadas para a HBO até outras mais populares?

Sim, conforme procuramos complementar nosso catálogo e nos diferenciar ainda mais, há muitas oportunidades que estamos avaliando. Mas tudo o que fazemos tem que seguir os padrões da WarnerMedia. É obviamente diferente porque você está olhando para conteúdo relevante na América Latina. Mas a obsessão por qualidade e intensidade tem que estar lá, porque somos HBO Max, portanto tudo o que fazemos está conectado com nossa posição de marca. E nossa reputação é global. Globalmente, significamos qualidade, significamos intensidade e temos que ficar dentro desses padrões em qualquer caso.

O que espera com a exibição da Liga dos Campeões da UEFA?

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Acho que a história da Liga dos Campeões é uma das vantagens competitivas de que eu estava falando anteriormente. A WarnerMedia é um grupo altamente diversificado com múltiplas formas de distribuição. Isso nos dá a oportunidade de fazer certas coisas de forma diferente. E eu acho que a Liga dos Campeões é um bom exemplo. A América Latina é futebol. Ter os direitos da Liga dos Campeões era uma oportunidade única. Acho que vai ser extremamente emocionante ver como os latino-americanos assistem à Liga dos Campeões na HBO Max. Se demos este primeiro passo, é porque acreditamos que há uma jornada aqui. 

A HBO GO sempre foi muito criticada por suas questões técnicas e de navegabilidade. Que passos tomaram para que a HBO Max não enfrente os mesmos problemas?

É um comentário justo. A HBO Max é uma plataforma inteiramente nova, em termos de interface de usuário, em termos de infraestrutura por trás, em termos de equipe, tamanho e talento das equipes. Há um grande avanço em relação à HBO GO. O consumidor deve esperar a melhor experiência. A plataforma é sólida, a infraestrutura é sólida. E, se ganharmos escala, faremos tudo em nossas mãos para garantir que tudo seja transmitido muito bem. O serviço foi lançado nos EUA há um ano. Foi uma jornada também. E há uma equipe enorme que está melhorando a plataforma diariamente. Quando lançarmos na América Latina, estou confiante de que vai cumprir a expectativa. E acho que só vai melhorar a partir daí.

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