Um vilão consegue se transformar? Um herói é totalmente bom? Se tudo é controlado por uma entidade qualquer, quem age mal não faz por escolha, mas porque assim foi determinado? Essas são algumas das questões colocadas nos dois primeiros episódios de Loki, terceira série dos Estúdios Marvel a estrear no Disney+.
Mas o debate filosófico é apenas um dos aspectos da série, que tem em seu centro um dos personagens mais intrigantes do Universo Cinematográfico Marvel, interpretado por um de seus melhores atores. Tom Hiddleston finalmente pode explorar melhor o humor esperto de Loki, sua capacidade de trapacear e vulnerabilidades. E forma com Owen Wilson a dupla perfeita.
A parceria de Loki e Mobius para perseguir a Variante Loki, que está causando confusão na linha do tempo sagrada, é a deixa para viagens a diferentes épocas. Tudo isso é uma chance de expandir a ideia dos multiversos, importante na Fase 4 do UCM. Não à toa, o criador da série é também roteirista de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura.
Loki agarra a oportunidade com força, principalmente no segundo episódio, menos truncado que o primeiro. A série parece ter todos os elementos para agradar logo de cara aos fãs, que tanto reclamaram do início de WandaVision. Já quem gosta de boa televisão torce para que esta não seja mais uma louca aventura pelo tempo, ainda que guiada por um sujeito carismático.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.