Os atores Pedro Pascal, Bella Ramsey, Gabriel Luna e Merle Dandridge e os produtores Craig Mazin e Neil Druckmann divulgaram o trailer da série The Last of Us, baseada no game de mesmo nome durante painel na CCXP neste domingo, 3. A série estreia no canal HBO e no streaming HBO Max em 15 de janeiro.
Mazin também falou mais sobre a misteriosa personagem interpretada por Melanie Lynskey, de Yellowjackets. “Melanie é a líder do grupo conhecido como Caçadores no game. Na série ela é mais complicada. Ela é uma atriz fenomenal. A personagem faz coisas terríveis, mas você entende por quê. Uma das coisas do game é que ninguém é puramente bom ou mal.”
Last of Us na CCXP
Adaptações de jogos sempre são complicadas. Não só pela dificuldade de levar a imersão do game para as telas, como também por mexer com fãs apaixonados pelas histórias e personagens. Erros e acertos acontecem desde Lara Croft: Tomb Raider, passando por Assassin’s Creed e até chegar em The Last of Us.
Criadores e elenco participaram de uma coletiva de imprensa em São Paulo na manhã da última sexta-feira, 2, e o tema dominou as conversas. Como assegurar que todo o sucesso e os acertos do game cheguem na produção? O que eles fizeram com essa série que todas as outras produções não conseguiram? Será que vão conseguir agradar os fãs?
“O maior desafio foi considerar a imersão do jogo enquanto a série é uma experiência passiva. Quais partes do jogo são facilmente traduzidas pro drama? As últimas adaptações de jogos sofreram depois que tentaram replicar a experiência de jogar. Nós não fizemos isso”, explica Craig Mazin, criador da série, ao ser questionado sobre esse desafio.
Emoção de The Last of Us
Em essência, The Last of Us é um drama apocalíptico de sobrevivência em que um homem e uma menina tentam escapar de um planeta em seus últimos suspiros. Um fungo ataca tudo e todos, enquanto uma espécie de zumbi ataca aqueles que tentam escapar. Na série, Pedro Pascal (The Mandalorian) e Bella Ramsey (Game of Thrones) são os protagonistas.
“Craig estava nervoso que a gente visse muito do jogo, jogasse muito. Foram várias peças de quebra-cabeça que fomos colocando em ordem”, diz o astro chileno, em alta por conta de seu papel na série de Star Wars. “Mas [a série] vem em um outro nível. Vem de uma experiência imersiva e os criadores realmente amam o jogo. Eles fizeram isso pra vocês”.
Ele e Bella, aliás, sabem muito bem o que é lidar com fãs raivosos, que sentem que estão controlando toda a história das franquias que mais amam – ambos estiveram em Game of Thrones e ele lida com os fãs de Star Wars. Bella, mesmo jovem, já conta com experiência para lidar com isso. “Não estou preocupada”, diz a britânica, serena, ao ser questionada sobre a recepção da série. “Vai ser ótimo. E se as pessoas não gostarem, não gostaram”.
Quem coloca um ponto final nessa discussão, mostrando tranquilidade com a produção, é o outro criador da série, Neil Druckmann. “As pessoas se perguntam: ‘qual motivo para adaptarmos esses jogos? Eles já são tão bons!’”, diz. “Parece que a gente só tem a perder. Mas muitas pessoas não jogam e não vão experienciar a história. Minha maior esperança é que alguém assista a série e se surpreenda que é baseada em um videogame”.
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