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Jeff Bridges: “Voltar ao trabalho depois de quase morrer foi um sonho”

Recuperado de covid e de um câncer, ator está na série ‘The Old Man’, da Star+

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Por Silvia García Herráez, EFE

“Para mim, voltar a trabalhar depois de quase morrer foi um sonho.” Foi dessa forma retumbante que o ator americano Jeff Bridges apresentou a série de suspense The Old Man, já disponível na Star+, na qual interpreta um agente aposentado da CIA.

Seu último trabalho foi Maus Momentos no Hotel Royale (2018). E, quando a série começou a ser rodada, surgiram os problemas, lembra o ator de 72 anos, feliz por estar de volta, em reunião com um pequeno grupo de mídia. “No começo, filmamos apenas alguns meses e por causa da pandemia paramos. Depois, foi por causa do meu câncer, período que durou mais. Voltar dois anos depois já recuperado, vendo os mesmos rostos, toda a equipe, a verdade é que foi um sonho. Além disso, sou muito grato por terem esperado por mim”, diz ele.

Cena da primeira temporada da série 'The Old Man', com Jeff Bridges Foto: Star+

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Em outubro de 2020, em plena pandemia e com as filmagens da série interrompidas por essa circunstância, o ator de O Grande Lebowski anunciou que havia sido diagnosticado com linfoma. A pausa durou mais que o habitual, já que o intérprete também testou positivo para covid-19 coincidindo com suas sessões de quimioterapia; ele estava muito fraco e teve de passar cinco meses no hospital. Uma vez recuperado, Bridges voltou a filmar The Old Man, ficção de oito partes que segue a história de Dan Chase, um viúvo e também solitário oficial aposentado da CIA, cuja memória e corpo começam a falhar - a série é baseada no livro de mesmo nome, escrito por Thomas Perry.

Entre os arrependimentos e instintos de sobrevivência de Dan, e a fixação de seu eventual perseguidor (interpretado por John Lithgow) em resolver velhas disputas, a trama mistura drama familiar com cenas de ação que exigiam que Bridges tivesse um certo nível de aptidão.

“Felizmente, a maioria das cenas de luta foi filmada antes dos meus problemas de saúde, porque não sei se eu seria capaz de fazê-las. Foi muito divertido preparar e coreografar as cenas com dublês especializados, como Henry Kingi e Tim Connolly. É o projeto em que mais tive que lutar na minha vida”, diverte-se o ator.

Mas seus problemas de saúde não foram algo negativo, reconhece o ator, que confessa que sua situação o ajudou a interpretar o princípio do Alzheimer na sua personagem. “Em momentos assim, parecia que toda a sua filosofia e espiritualidade vem até você, te testando. Essa experiência me fez amadurecer. Sempre encarei a vida da mesma maneira”, disse.

Para o ator de filmes como Bravura Indômita (2010) e Coração Rebelde (2009), a série marca seu retorno à televisão, depois de décadas focada no cinema. Ele reconhece que o projeto o atraiu tanto que não conseguiu recusar.

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“Meu amigo Tim Stack”, lembra, “recomendou-me o livro há cerca de cinco anos e não li na época. Então, quando o roteiro chegou, eu disse à minha esposa: ‘Este título soa muito familiar.’ Ela respondeu: ‘Esse é o livro que Tim tem falado para você’, e eu: ‘Você está brincando comigo.’ Li o roteiro e foi interessante. Aí li o livro e foi mais interessante ainda.”

E assim, pouco a pouco, Bridges começou a se sentir “mais profundamente atraído por este projeto”, admite. A série, que já estreou nos Estados Unidos, foi tão popular que já tem uma segunda temporada, prevista para chegar em meados ou final de 2023.

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