Homicídio nos EUA: Laci Peterson é o mais novo true-crime a atingir o Top 10 de audiência da Netflix. O caso real do desaparecimento e assassinato de Laci Peterson não é novo, e foi foco de julgamento e cobertura da mídia em 2002. E, por mais que a série da Netflix foque no eventual desfecho do caso - a prisão de Scott Peterson -, existe ainda um caso em desenvolvimento, e dúvidas quanto à sua culpa. Entenda todas as etapas do caso e investigação.
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O desaparecimento
Entre os dias 23 e 24 de dezembro de 2002, Laci Peterson, mulher de 27 anos, grávida de oito meses, desapareceu. Residente de Modesto, Califórnia, onde morava com seu marido Scott Peterson, Laci era casada há cinco anos e tinha um trabalho temporário como professora substituta.
No fim de tarde do dia 24, a família de Laci reportou o desaparecimento para a polícia depois que o próprio Scott entrou em contato com os parentes da esposa. De acordo com os investigadores, o comportamento de Scott foi imediatamente suspeito por sua postura calma e aparente desinteresse no progresso da investigação. Nesta primeira etapa do caso, a família de Laci se posicionou ao lado do marido da jovem, até que uma revelação mudou o curso das suspeitas.
O caso extraconjugal de Scott Peterson
Em 30 de dezembro, uma mulher chamada Amber Frey revelou que mantinha um caso com Scott e forneceu informações alarmantes. Segundo a amante, o homem havia dito que era solteiro e, em 9 de dezembro, duas semanas antes do desaparecimento de Laci, havia revelado que na realidade era viúvo - e que aquele seria o seu primeiro Natal sem sua esposa. A partir deste momento, a percepção da família de Laci, da polícia e do público em geral se virou contra Scott. Mesmo com suspeitas, ele não foi preso pela dificuldade em montar um caso sem o corpo da vítima.
O corpo
Em abril de 2003, os corpos do feto e de Laci foram encontrados na Baía de São Francisco. Por conta da decomposição, a identificação foi feita com exame de DNA. A causa da morte foi registrada como indeterminada.
A prisão
Scott Peterson foi preso poucos dias após a descoberta do corpo em circunstâncias estranhas: de cabelo tingido de laranja, vivendo em seu carro - onde foram encontrados também uma grande quantidade de dinheiro -, vários aparelhos celulares, equipamentos de acampamento e outros itens. Scott disse estar vivendo nessas condições por conta da cobertura da mídia e sempre manteve sua alegação de inocência.
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O julgamento
O caso de Laci e Scott Peterson permanece no interesse público até hoje por conta da falta de evidências para incriminar Scott. Ele foi julgado com base em evidências circunstanciais, como o relato de diferentes testemunhas e o seu comportamento durante todo o caso. Em outras palavras, por mais que Scott tenha sido considerado culpado, há quem alegue que há dúvidas em todos os argumentos.
Além disso, a defesa de Scott argumentou que Laci teria sido vítima de assaltantes que andavam pelo bairro, mas não houve investigação da polícia para excluir a possibilidade da teoria.
Em novembro, Scott foi declarado culpado e recebeu a pena de morte como sentença. Ele apelou e conseguiu reverter a decisão, mas continuou em prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional.
O argumento pela inocência de Scott
Até hoje, Scott mantém sua inocência e procura provar que foi vítima de erros cometidos pela investigação policial e pelo julgamento. O mais recente desenvolvimento do caso aconteceu em março deste ano, quando a LA Innocence Project, uma instituição legal sem fins lucrativos, assumiu o caso de Scott alegando ter novas evidências e argumentando por uma nova investigação.
Na mesma semana em que a Netflix lançou Homicídio nos EUA: Laci Peterson, a plataforma de streaming Peacock, da NBC, lançou uma minissérie que conta a história vista do lado do acusado. Face to Face with Scott Peterson não está disponível no Brasil, mas o trailer pode ser conferido abaixo:
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