Série de comédia ‘Auto Posto’ faz de posto de gasolina uma amostra do Brasil

Segunda temporada da produção estreia nesta segunda, 1º, no Comedy Central, e será disponibilizada no Paramount+

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Foto do author Daniel Silveira

“Eu coloquei a gasolina a sete reais antes de ser modinha.” A frase sai da boca de Nelson (Walter Breda), dono do posto de gasolina onde acontece a maioria das emoções de Auto Posto, que estreia nova temporada nesta segunda-feira, 1.º. Escrita e dirigida por Marcelo Botta, a produção será exibida no Comedy Central e disponibilizada na plataforma de streaming Paramount+ no dia seguinte à exibição na TV.

Walter Breda volta a intepretar Nelson, dono do posto de gasolina onde quase tudo acontece na segunda temporada de 'Auto Posto'. Foto: Paramount/Salvatore Filmes

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Como já deu para perceber tom do humor continua o mesmo e a pegada bem brasileira dos personagens também. Agora, o proprietário do posto de gasolina vai precisar lidar com dívidas trabalhistas antigas, além da concorrência logo em frente ao seu empreendimento.

Na nova temporada, com o ex-fiscal Roberval sedento por vingança e cada vez mais perto de ficar livre da cadeia (para a qual foi mandado depois de abrir um cassino ilegal no posto de gasolina), Nelson vê o futuro de seu velho posto sem bandeira cada vez mais ameaçado. Dívidas antigas com os ex-funcionários Bernadete, Osíris e Batata levam a um processo que abala as estruturas do dono do Auto Posto Amigos do Nelson.

A cara do Brasil

Desde seu lançamento, em 2020, a série coloca vários personagens bem brasileiros em um espaço bem delimitado. E nesta temporada não é muito diferente. “Todo mundo já teve ou tem um chefe igual ao Nelson”, brinca Botta. O diretor e roteirista conta que a inspiração para ele e todos os outros personagens vem da observação que faz do mundo. “Pessoas reais me encantam muito, documentários, reality show e a vida real, algumas coisas que acontecem no Brasil me inspiram muito, mas sem panfletar”, continua.

De fato, Auto Posto tem mulheres e homens, negros e brancos, pessoas queer. Está tudo lá, junto e misturado, como em qualquer empresa, faculdade, no nosso bairro, nas ruas... Inclusive gente que “rala” muito para conquistar seus sonhos, como Suellen, personagem de Micheli Machado, que nesta temporada se divide entre o trabalho como frentista e outro como locutora em uma rádio. Mas também gente aproveitadora como o próprio Nelson, ou Roberval (Paulo Tiefenthalere) e a advogada “de porta de cadeia” interpretada por Grace Gianoukas. “Esse trabalho é a cara do Brasil”, pontua a atriz cuja personagem vive tentando se dar bem.

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Michelli Machado e Walter Breda em cena da segunda temporada de 'Auto Posto'. Foto: Paramount/Salvatore Filmes

Formato conhecido

A série lança mão do formato de falso documentário, que é um sucesso entre produções gringas como The Office e a premiada Abbott Elementary. Apesar disso, Botta garante que não foram essas séries estrangeiras as grandes inspirações para Auto Posto, mas o Brasil como ele é. “Preferi fazer uma produção mais latina, então tem até Chaves como referência”, brinca o roteirista. Segundo ele, a linguagem permite algumas liberdades como a possibilidade de quebrar a cena para fazer uma variação de tom. Além disso, é mais fácil manter algumas intervenções que acontecem no cotidiano como “um cachorro que entra na cena, uma moto que passa na rua”. “Leva para um caminho que eu acho que os americanos não fariam”, continua.

Auto Posto tem no elenco outros nomes conhecidos do público como: Neusa Borges, Rita Cadillac, Otto, Robson Nunes, Santiago Mello, Bruna Braga, Nill Marcondes, Olívia Araujo, além de Felipe Torres e Adriano Silva (ambos do Hermes e Renato).

Novos episódios vão ao ar todas as segundas às 21h e serão disponibilizados no dia seguinte no Paramount+.

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